InfoArmas | O Maior portal sobre armas da América Latina Com o maior grupo de especialistas no assunto com temas que vão desde a prática esportiva, legislação e cultura, até Treinamento e análise. 2025-10-21T12:23:11Z https://infoarmas.com.br/feed/atom/ WordPress https://infoarmas.com.br/wp-content/uploads/2020/01/79441508_137301084373506_5980951073047707648_n.png Jorge H. Ohf https://infoarmas.com.br <![CDATA[Maior evento de segurança pública e atividade policial da América Latina reúne autoridades em São Paulo a partir desta quinta-feira (23)]]> https://infoarmas.com.br/?p=13179 2025-10-21T12:23:11Z 2025-10-21T12:23:07Z Com a missão de integrar a sociedade civil às forças de segurança, política e justiça do Brasil, o COP Internacional – Congresso de Operações Policiais prevê em sua programação uma grade intensa de palestras e debates sobre a segurança pública e a defesa. O evento, que tem como tema “Inteligência Artificial e Drones Policiais”, sediará o Fórum de Segurança Pública Pelo Brasil, encontro realizado pelo Partido Progressista e a Fundação Francisco Dornelles, reunindo autoridades e especialistas de diferentes correntes políticas para debater soluções para o problema da segurança no Brasil.

Estão confirmadas as presenças dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de Roraima, Antônio Denarium, do Acre, Gladson Cameli e do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel. O secretário de Segurança Pública Guilherme Derrite realiza a palestra de abertura do evento, que abordará as estratégias de gestão e governança em segurança pública no combate ao crime organizado, prevista para acontecer às 14h30.

As palestras e painéis o longo dos três dias do evento, trazem como tema “Mulheres na Segurança Pública”, “Enfrentamento sistêmico do crime organizado”, “⁠Aquisição de produtos controlados por órgãos da segurança pública”, “O Impacto nos Estados correlacionados com a realidade e desafios nas fronteiras e divisas do Brasil no combate ao crime organizado”, “A inteligência e as operações no combate ao crime”, “⁠O papel da negociação como alternativa tática do gerenciamento de crise” , “Economia do crime organizado e desmantelamento das facções criminosas”, “Interoperabilidade entre as forças de segurança no combate ao crime organizado”, “Ações municipais integradas com as forças de segurança”, “Fundo Nacional de Segurança Pública com presidente dos Conselhos”, “Atual cenário da segurança pública no Brasil e soluções para o futuro”. A programação completa pode ser conferida no site https://cop.international/

Coletivas de imprensa

Na sequência, uma coletiva de imprensa com o tema “Desafios da segurança pública em São Paulo e no Brasil” reunirá o secretário e Covatti Filho, Deputado Federal do PP-RS e Presidente da Fundação Francisco Dornelles.

No dia 25, uma nova coletiva de imprensa, dessa vez com o tema “Balanço das iniciativas legislativas do eveto e anúncio da nova marca e fase dos progressistas” reunirá novamente o Secretário de Segurança de São Paulo Guilherme Derrite, o Deputado Federal pelo Rio grande do Sul Covatti Filho e o Senador Ciro Nogueira – Presidente Nacional do Partido Progressistas.

Inovações e tecnologias para o setor de segurança

A 5ª edição do principal evento latino-americano sobre segurança pública e atividade policial com a missão de integrar a sociedade civil às forças de segurança, política e justiça do Brasil. O evento reunirá em sua feira de negócios mais de 80 expositores, nacionais e internacionais, entre eles: Helibras, Springfield Armory, Black Spirit, Condor, Invictus, Axon, Protecop, Benelli, Glock, Flash Engenharia, Hyterra, Tait Communications, Protecta, Berkana, Gespi, Gunvex, M&KLogistic, Miguel Caballero, Nassau, MKU, Orbital Engenharia, Recarga Club, Smart Power, Atech, IWI, Grupo Inbra e outros.

Entre as tecnologias a serem apresentadas estão viaturas inteligentes, tecnologias não-letais, drones, sistemas de análises geoespaciais preditivas, sistemas de vigilância e cibersegurança, câmeras corporais e sistemas de gestão e evidências, sistemas de sinalização audiovisual customizados, equipamentos para testes de sistemas aviônicos e radiocomunicações,  sistemas de videomonitoramento urbano, soluções para áreas de investigação e inteligência e tecnologias para busca, combate a fraudes e crimes cibernéticos.

Encontro de delegações e orgãos de segurança pública

O evento também será o ponto de encontro de mais de 15 delegações que realizarão reuniões estratégicas, entre elas a Câmara Técnica de Inteligência de Segurança Pública (CTI-SSP); Câmara Técnica de Inteligência das Polícias Militares (CTIPM / CNCG); Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN); Comissão de Prospecção e Materiais Operacionais e Coordenação-Geral de Planejamento e Modernização da Polícia Federal.

Também serão realizados encontros de órgãos como a Rede Interfederativa do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP); Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (CONSESP); Conselho Nacional dos Comandantes Gerais das Polícias Militares (CNCG); Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil (CONCPC); Conselho Nacional das Guardas Municipais (CNCGM); Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (CONSEJ); Comitê Nacional dos Coordenadores de Operações Policiais Especiais (CNCOPE).

Expectativa de público e negócios

A organização espera bater o recorde da última edição em que mais de 12 mil pessoas participaram nos três dias do evento e prevê superar a marca da última edição de R$100 milhões em negócios efetivados.

O COP Internacional é acessível ao público maior de 18 anos. As inscrições estão disponíveis pelo site e são gratuitas para membros da segurança pública. O evento é patrocinado por empresas que são referência do setor de segurança e defesa, como Helibras, Springfield Armory, Condor e Black Spirit.

Serviço:

Congresso de Operações Policiais – COP Internacional 2025

Data: de 23 a 25 de outubro de 2025

Local: São Paulo Expo – Rodovia dos Imigrantes, 1,5 km – Vila Água Funda, São Paulo – SP

Horários:

23/10: das 13 às 20h

23/10: das 10 às 20h

24/10: das 10h às 18h

Informações e inscrições: https://cop.international

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Jorge H. Ohf https://infoarmas.com.br <![CDATA[Tecnologias de ponta a serviço da segurança pública e defesa serãoapresentadas no COP Internacional]]> https://infoarmas.com.br/?p=13176 2025-10-16T14:09:16Z 2025-10-16T14:09:13Z As soluções mais inovadoras e atuais, que atendem hoje a segurança pública no Brasil e no
mundo serão apresentadas pelos mais de 80 expositores da 5ª edição do Congresso de
Operações Policiais – COP Internacional 2025, o principal evento latino-americano sobre
segurança pública e atividade policial, que será realizado de 23 a 25 de outubro de 2025, no
São Paulo Expo, em São Paulo (SP).
Como tema central, o evento trará “Inteligência Artificial e Drones Policiais”, para explorar de
que forma essas tecnologias estão revolucionando as operações de segurança e definindo
novos horizontes para a proteção da sociedade.
Para além desse tema, o evento reunirá as soluções inovadoras para a segurança e defesa,
apresentadas por mais de 80 expositores, nacionais e internacionais.
Conheça alguns dos destaques
A 5ª edição do COP Internacional tem a missão de integrar a sociedade civil às forças de
segurança, política e justiça do Brasil e já conta com uma ampla gama de atrações para reunir
agentes públicos.

Análises Geoespaciais Preditivas

Voltada a contribuir para uma sociedade mais segura e conectada, dentro dos conceitos de
Cidades Inteligentes, a Black Spirit é a mais nova patrocinadora do COP Internacional 2025 e
apresentará a primeira plataforma soberana de inteligência operacional do Brasil que atua em
análises geoespaciais e preditivas. Oferece, por exemplo, o cruzamento de dados de
mobilidade urbana com históricos criminais, mapas dinâmicos de calor para apontar áreas de
risco, análise preditivas para uso em estratégias de operação etc.
A empresa nasce da necessidade de se reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras ao
criar soluções seguras e adaptadas ao ecossistema institucional do Brasil. Com o objetivo de
fortalecer a soberania digital e apoiar decisões críticas com dados integrados, inteligência
auditável e impacto mensurável, a Black Spirit atua como parceira estratégica de órgãos
governamentais, forças de segurança, defesa civil e gestores de infraestruturas críticas, a
empresa é provedora de inteligência acionável em tempo real. O objetivo é contribuir para a
proteção de vidas, ativos e fronteiras.

Dispositivos Termais e de Visão Noturna

Com sede na Estônia, a Falconclaw, líder europeia em ópticos de visão noturna e termal, é
presença confirmada no COP Internacional 2025. Formada por profissionais com experiência
em operações especiais, patrulhas de longo alcance e infantaria, a empresa está na vanguarda
da pesquisa e desenvolvimento em tecnologias de detecção em ambientes críticos. Sua
inovação mais recente, o Ecossistema Falconclaw de Montagens, permite alternar dispositivos
termais e de visão noturna entre plataformas de capacete e arma com máxima eficiência. Essa
integração oferece ao operador maior consciência situacional e desempenho em qualquer
missão. Além do hardware de ponta, a Falconclaw também se destaca como referência
internacional em conteúdo de instrução tática, reunindo mais de 1 milhão de seguidores em
suas plataformas digitais.
Viaturas Inteligentes
A empresa brasileira de tecnologia Geocontrol S/A, que há mais de 20 anos desenvolve
soluções em hardware e software para Segurança Pública, trará ao COP Internacional a
“Viatura Inteligente”, a materialização do futuro do policiamento. Com a solução 100%
nacional, o veículo é transformado em um centro de operações móvel, equipado com um
arsenal tecnológico projetado para maximizar a eficiência e a segurança do agente em campo,
além de beneficiar o gestor da Segurança Pública, assim como a sociedade de forma geral.
Composta por hardware e software exclusivos e criados pela Geocontrol S/A, solução
concentra em um único dispositivo as principais ferramentas necessárias para otimização das
operações policiais, como reconhecimento facial, GPS, software de monitoramento, aplicativo
operacional, câmera LPS, wi-fi a bordo, base de dados online e offline, leitor biométrico,
telemetria/scanner online, entre outras. Para o agente de segurança, os benefícios são
eficiência e agilidade nas abordagens e procedimentos; segurança jurídica de arquivos digitais
completos como provas irrefutáveis; redução da burocracia e suporte imediato. Para o gestor
público, controle em tempo real; otimização do uso de recurso público, inteligência de dados;
diminuição drástica do tempo de resposta a ocorrências, impactando diretamente a segurança
da população.

Tecnologias não-letais

A CONDOR, líder brasileira em tecnologias não letais e empresa parte do grupo EDGE,
apresentará, no COP Internacional 2025, seu portfólio de soluções não letais e inteligentes,
com demonstrações práticas que evidenciam o compromisso da empresa com a inovação e a
eficiência operacional das forças de segurança. Entre os destaques da exposição estão: a Pistola
Menos Letal Defensor® FR-112, criada especificamente para munições não letais em confrontos
próximos, a pistola Defensor FR-112 com calibre Condor .236R vem equipada com um
carregador para 12+1 cartuchos, combinando precisão, ergonomia e segurança em uma
solução não letal de última geração: a linha completa de lançadores, munições e sistemas
integrados, que unem segurança, desempenho, confiabilidade e tecnologia nacional de ponta;
os Dispositivos Elétricos Incapacitantes SPARK® Z2.0 e DUO, que atuam diretamente sobre o
sistema neuromuscular, provocando fortes contrações musculares, permitindo que as forças de
segurança imobilizem temporariamente um suspeito; os Drones Condor Drop®, família de
drones táticos de lançamento de cargas não letais, operados por controle remoto; ampliam as
capacidades operacionais das forças de segurança e trazem consciência situacional redobrada
às operações; o Lançador Múltiplo Veicular Stinger®, instalado sobre carros de combate ou
viaturas, tem giro 360º e pode disparar até 15 munições não letais sequenciais, de
médio/longo alcance, com acionamento via controle remoto.
Assim como em outras edições, a CONDOR irá montar, em parceria com a Smart Power, um
stand de tiros onde os visitantes poderão atirar com armas e munições reais de impacto
controlado de última geração. A Smart Power Brasil é líder em vendas governamentais de
estandes indoor e outdoor no país, reconhecida por oferecer soluções integradas de segurança
e defesa. Com foco em inovação, a empresa desenvolve projetos estratégicos que antecipam
ameaças e elevam o padrão das operações táticas.

Vigilância e Cibersegurança

Com soluções que ampliam as capacidades de inteligência, vigilância, cibersegurança, comando
e controle em operações de segurança pública e defesa civil, a Atech, empresa do Grupo
Embraer, participa do COP Internacional apresentando a plataforma Arkhe GDI, que
proporciona consciência situacional em tempo real, integrando dados de sensores, drones e
dispositivos móveis, com transmissão de vídeo via rede de satélite em banda estreita,
garantindo respostas rápidas e assertivas em qualquer cenário. O sistema permite respostas
rápidas e seguras em operações críticas e agrega capacidades como a transmissão de dados e
streaming de vídeo via rede de satélite em banda estreita, que garante conectividade em
regiões sem cobertura via celular.
Durante o evento, também vai destacar o C-UAS – Arkhe Integrated Surveillance (IS) com
Sensor RF integrado, sistema de vigilância integrada que combina comando e controle com
sensores avançados e tecnologia RF passiva para detecção e mitigação de drones. Com ampla
cobertura e confiabilidade, oferece consciência situacional em tempo real do espaço aéreo,
com capacidade de detectar, rastrear e classificar drones de diversos perfis e dimensões; a
ADA, plataforma que integra, armazena e processa grandes volumes de dados. Gera insights e
oferece suporte à tomada de decisão, com rapidez e confiabilidade; o sistema de
cibersegurança Athena, para proteção de infraestruturas e operações, fortalecendo a
segurança de dados sensíveis. Integra monitoramento, detecção de vulnerabilidades e resposta
a ameaças, garante visibilidade em tempo real, controle de acessos e resiliência cibernética.

Câmeras Corporais e Sistemas de Gestão e Evidências

Uma das maiores referências globais em tecnologia para a segurança pública, a Axon
desenvolve soluções que vão desde câmeras corporais e sistemas de gestão de evidências
digitais até desenvolvimento de armas não letais. Presente em mais de 100 países e com forte
atuação no Brasil, a Axon tem como missão proteger vidas e tornar o mundo um lugar mais
justo e seguro por meio da inovação.
Já a Motorola Solutions destaca o papel crucial que as tecnologias desempenham no
atendimento às crescentes necessidades de segurança das agências de segurança pública. De
bodycams, software com IA e análises, câmeras robustas de longo alcance que podem detectar
anomalias a até 30 km de distância, a rádios digitais com interoperabilidade entre diferentes
padrões, que permitem a comunicação clara e confiável entre múltiplas agências, a Motorola
Solutions continua investindo e trazendo inovações baseadas em IA em comunicações críticas,
segurança de vídeo e soluções de centro de comando. A empresa fará demonstrações de
tecnologias no evento, como a câmera corporal V500 – mesmo modelo utilizado pela Polícia
Militar do Estado de São Paulo –, entre outros componentes do ecossistema da companhia que
apoiam as agências de segurança pública a lidar com seus desafios diários.
A Hytera, líder em soluções de comunicação profissional, participa pela primeira vez do COP
Internacional 2025, apresentando lançamentos como a bodycam SC700, que oferece imagens
em alta definição em resolução 4k com autenticidade e clareza, mesmo em ambientes de baixa
luminosidade, devido às luzes infravermelhas de alta potência. Apresenta transmissão ao vivo,
GPS, comunicação instantânea, bateria com capacidade de 15 horas de gravação e integração
com plataformas de gestão de evidências. Apresenta também o celular robusto PNC660,
compatível com 5G/LTE e equipado com recursos avançados de segurança e confiabilidade para
missões críticas, além de funções inteligentes como Detecção de Homem Caído e Modo
Trabalhador Solitário para situações de emergência. Além desses lançamentos, apresentará
outras soluções completas, como estações rádio base, dispositivos e soluções de Comando e
Controle Integrado (ICC) para o setor de segurança pública.

Sistemas de Sinalização Audiovisual Customizados

A Flash Engenharia é a maior empresa de veículos especiais leves do país e líder em sistemas
de sinalização acústica e visual. Marcará presença no COP Internacional 2025, no estande C102,
onde exibirá uma frota de patrulha de última geração. Os visitantes terão a oportunidade de
conhecer de perto a excelência em engenharia e adaptação veicular, com destaque para a
agilidade das motocicletas Ducati, BMW e Sahata 300, a versatilidade do quadriciclo Ventura
500 e a imponência da Trailblazer. Todos os veículos estarão equipados com tecnologia
embarcada avançada e sistemas de sinalização audiovisual customizados, com certificações
internacionais (SAE), visando otimizar as operações e garantir a segurança dos agentes e da
população.

Equipamentos para Testes de Sistemas Aviônicos e Radiocomunicações

O Grupo Arsitec, representante oficial da marca Viavi Solutions no Brasil, destacará no evento
equipamentos especializados para testes de sistemas aviônicos e radiocomunicações, voltados
à segurança pública e à aviação civil. O AVX-10K é um analisador aviônico que tem a função de
testar e validar se os sistemas de comunicação, navegação e vigilância de uma aeronave estão
operando corretamente e em conformidade com as rigorosas normas internacionais. Garante
que os transponders, incluindo Modos A/C/S, e os sistemas de identificação automática (ADS-B
e UAT) estejam transmitindo as informações corretas de posição e altitude; testa o
funcionamento dos sistemas anticolisão; confirma a qualidade e a clareza das comunicações de
voz (AM/VHF, FM/UHF e HF/SSB); e é fundamental na inspeção de cabos e antenas (testes de
VSWR e DTF).
Já os modelos CX200 e CX300 são monitores de serviços para rádio projetados para manter a
integridade e a confiabilidade das redes de radiocomunicação utilizadas por agências de
segurança pública, cruciais em emergências, garantindo que os rádios e as repetidoras operem
sem falhas. O CX200 é ideal para testes rápidos e completos em campo, devido à sua alta
portabilidade. Já o CX300 é a escolha ideal para ambientes de bancada e análises mais
detalhadas, graças à sua maior capacidade. Ambos os modelos, com sua interface touchscreen
e ferramentas de automação, permitem que os técnicos realizem manutenção preventiva e
corretiva de forma rápida, mantendo as equipes de campo sempre conectadas e operacionais.

Comunicações Via Satélite, Internet das Coisas (IOT)

A Globalstar, com presença em mais de 120 países, é líder em comunicações via satélite,
rastreamento e Internet das Coisas (IoT) – soluções essenciais para ambientes remotos e
operações críticas. No COP Internacional 2025, apresentará tecnologias como Direct-to-Device
(D2D) e SPOT, conectando segurança, inovação e eficiência.
Videomonitoramento e inteligência de dados
Já a Dahua Technology, líder global em soluções de AIoT inteligentes e tecnologia, participa em
parceria com a IPQ Tecnologia, referência em integração de sistemas e inteligência de dados,
da edição 2025 do COP Internacional, com soluções mobile de reconhecimento facial e LPR
(Reconhecimento de Placa de Veículo) e de busca forense, além da ACUPICK, tecnologia de
busca inteligente de vídeos que utiliza inteligência artificial (IA) para encontrar rapidamente
pessoas, veículos e animais em gravações de sistemas de vigilância. A solução elimina a
necessidade de vasculhar horas de filmagens manualmente. A Dahua também expõe as
câmeras de tráfego para ambiente urbano que utilizam recursos de inteligência artificial para
fazer a identificação eficiente de veículos e pessoas, com tecnologia 4/5G embarcadas com
solução off-grid com sistemas fotovoltaicos integrados. Haverá câmeras focadas em avaliação e
notificação de infração automática, soluções de visão panorâmica, que incluem câmeras e
lente PTZ adicional e realiza movimentos horizontais (Pan), verticais (Tilt) e de zoom (aproximar
ou afastar a imagem), câmeras térmicas para monitoramento de fronteiras, detecção de
embarcações, além de Bodycams e Drones não cabeados que estão transformando a forma de
proteger cidades e pessoas.

Drones

A Bembras, considerada como Empresa Estratégica de Defesa, integra o seleto grupo de líderes
em soluções de segurança, telecomunicações, tecnologia da informação e drones no Brasil.
Com mais de 25 anos de atuação, é reconhecida por sua capacidade de integrar tecnologias
críticas em ambientes de alta complexidade.
Fabricação e Manutenção de Helicópteros
A Helibras, empresa brasileira e parte do grupo Airbus, líder mundial nos segmentos
aeroespacial e de serviços relacionados à defesa, é uma das patrocinadoras do COP
Internacional 2025, onde apresentará a inovação e tecnologia brasileira embarcada em suas
soluções, em prol da segurança pública. Responsável pela fabricação e manutenção dos
helicópteros que operam nas mais exigentes missões de segurança, defesa e resgate em todo o
território nacional, a Helibras é sinônimo de excelência, tecnologia de ponta e confiança. Oito a
cada dez helicópteros em missões governamentais e militares foram fabricados pela Helibras.
Seus equipamentos compõem a espinha dorsal do apoio aéreo prestado às forças policiais e às
forças armadas, sendo ativos estratégicos no combate ao crime, no monitoramento de
fronteiras e no socorro a populações em risco.

Videomonitoramento Urbano

Presente em centenas de cidades brasileiras, a Helper é referência nacional em
videomonitoramento urbano, analytics e inteligência aplicada à segurança pública. Com
soluções que unem inteligência artificial e gestão de dados, a empresa levará ao COP
Internacional 2025 as tecnologias que elevam a eficiência operacional e transformam a forma
como os municípios cuidam da segurança da população.
Soluções para Áreas de Investigação e Inteligência
A M1, empresa nacional, fornecedora de equipamentos e soluções para as áreas de
Investigação e Inteligência para agências governamentais, anuncia o lançamento oficial da
Plataforma STRIX na Versão 3.0 durante o COP Internacional. Desenvolvida integralmente no
Brasil, STRIX é uma plataforma de fusão e análise de dados voltada para Polícias Judiciárias,
Ministério Público, Agências de Inteligência, Forças Armadas e demais órgãos estratégicos.
Reconhecida por seu uso oficial e confiável, a nova versão chega com interface mais intuitiva,
layout moderno e melhorias significativas em todos os módulos, ampliando a capacidade de
automação, eficiência, insights e alertas. STRIX 3.0 representa um avanço importante na
integração de dados e na geração de inteligência, oferecendo recursos aprimorados para apoiar
investigações, análises complexas e tomada de decisão. A M1 reforça seu compromisso com a
evolução contínua da plataforma, desenvolvendo novas funcionalidades e ampliando
capacidades com base nas demandas e sugestões dos usuários.
Tecnologias para Busca, Combate a Fraudes e Crimes Cibernéticos
A Via Appia é referência brasileira em soluções de TI e inteligência artificial, estará presente no
COP Internacional 2025 com sua expertise em segurança pública. Fundada em Brasília, com
mais de 30 anos de história, a empresa se destaca no desenvolvimento de tecnologias para
busca corporativa, inteligência, combate a fraudes, lavagem de dinheiro e crimes cibernéticos.

Outros destaques dos expositores

Processos de análise gráfica de vínculos, aplicados à inteligência e investigação para
prevenção, detecção e repressão de crimes e fraudes: A Aimart® apresentará soluções e
serviços de combate a crimes e fraudes; oferece tecnologia, metodologias e suporte para
prevenção, detecção e repressão de fraudes, incluindo análise de vínculos e investigação:
identificação de conexões suspeitas entre pessoas, empresas e transações; inteligência
antifraude para meios de pagamento: monitoramento e proteção de transações financeiras;
soluções integradas de dados: ferramentas para cruzamento, visualização e análise de
informações estratégicas; serviços de treinamento: capacitação de equipes para operação e
interpretação de nossas soluções; suporte premium: atendimento especializado para garantir
máxima eficiência e segurança.
Treinamento com Bastão Tático Retrátil: há 35 anos de Krav Maga no Brasil contribuindo para
o mundo militar, a Federação Sul Americana de Krav Maga (FSAKM) apresentará as
possibilidades que o Krav Maga – a técnica de defesa pessoal israelense – oferece no uso de
Bastão Tático Retrátil atendendo às demandas em ameaça de ataque, contenção de ataque,
imobilizações e contra-ataque em situações diversas. Equipamento leve, pequeno, fácil de
portar, simples de manusear e extremamente poderoso nas mãos de quem domina as técnicas,
o Bastão Tático Retrátil é uma ferramenta que tem ganhado espaço em todo o mundo,
principalmente no âmbito das operações de segurança pública ou privada. O Krav Maga é a
única filosofia de defesa e combate adotada pelo exército, polícia, serviço secreto e forças de
segurança nacionais israelenses. Durante quase 20 anos, ficou restrito à elite do exército de
Israel e foi mantido em sigilo por ser considerado um dos segredos israelenses em segurança.
Hoje em dia, as maiores unidades de segurança ao redor do mundo treinam as técnicas do Krav
Maga: CIA, FBI, GIGN, Mossad, exército e forças de segurança israelenses, dentre muitas
outras.

Equipamento de manutenção de frota: prontidão operacional das forças de segurança
depende diretamente da confiabilidade de suas frotas e a manutenção veicular de alto padrão
também faz parte do ecossistema da segurança pública. Com tecnologia alemã e décadas de
experiência no desenvolvimento de elevadores automotivos, a Finkbeiner do Brasil oferece
equipamentos robustos e eficientes para oficinas especializadas — inclusive para veículos
militares e viaturas táticas. No evento, destacará as soluções em elevadores de colunas móveis
da Finkbeiner Hebetechnik – modelo EHB 7,5T wireless que, além de proporcionarem muita
segurança na operação, também podem resultar em preservação do investimento em novas
unidades, principalmente naquelas em que o imóvel é arrendado e existe restrições de
perfuração do solo, uma vez que as colunas podem ser transportadas para qualquer lugar.
Uniformes de alta performance: com quase 60 anos de história, a CITEROL é uma das maiores
empresas brasileiras em uniformes de alta performance, atendendo forças de segurança,
órgãos públicos e o mercado tático em todo o país e apresentará sua linha completa de
produtos no evento. Já a Funcional Uniformes é referência, há 35 anos em vestuário técnico,
militar e corporativo no Brasil. Com soluções que combinam inovação, resistência e conforto, a
marca atende grandes instituições públicas e privadas em todo o país.

Calçados de alta performance: a Magnum Boots, apresentará sua linha principal RAPTOR, ao
lado de duas inovações de ponta: o ULTRA LITE (calçado tático ultraleve com amarração rápida)
e o EDGE (bota ultraleve). A Linha RAPTOR – A Coleção dos Heróis – representa o ponto máximo
do desempenho tático, desenvolvida para profissionais que exigem durabilidade, proteção e
adaptação a todo tipo de terreno, oferecendo construção reforçada, absorção de impacto,
tração avançada e opções de suporte modular. Já o ULTRA LITE oferece leveza máxima e
mobilidade tática, com materiais minimalistas e ultraleves, com estrutura atlética, amarração
rápida com bolso para cadarço para o calce rápido e fechamento seguro, membrana MAG-DRY
impermeável e respirável: mantém os pés secos em condições adversas, palmilha INSITE® PU e
entressola em EVA para o amortecimento superior e conforto responsivo e sola de borracha:
aderência duradoura em diferentes superfícies. Por fim, o Magnum EDGE confere inovação e
alta performance, com design ultraleve a bota mais leve da Magnum, sola de tração exclusiva
Michelin® para melhor aderência e estabilidade, zíper lateral YKK® para praticidade no calce e
remoção, forro MAG-COOL de tecnologia avançada de resfriamento para conforto prolongado
e palmilha INSITE® Contoura® que promove a saúde dos pés.
Soluções de proteção e blindagem balística: a Glágio do Brasil é pioneira na fabricação de
soluções de proteção e blindagem balística no Brasil, a Glágio é referência em segurança de
alto nível. Seus projetos atendem tanto ao setor público quanto privado, com foco em
inovação, desempenho e confiabilidade. No COP Internacional 2025, apresentará as linhas de

Capacetes balísticos, coletes balísticos, escudos balísticos e placas balísticas.

Já o grupo Protecta iniciou sua atividade em 2011 no desenvolvimento e fabricação de produtos de
proteção balística. Em 2014, investiu no desenvolvimento e produção de coletes e escudos
balísticos para as Forças Armadas e Segurança Pública. Em seus mais de 10 anos de história, a
Protecta já salvou mais de 4 milhões de vidas com inovação e tecnologia de ponta, embarcada
em coletes e escudos certificados até blindagens e bolsas de airbags.
Equipamentos táticos: a Invictus é sinônimo de resistência, inovação e confiança para
profissionais de segurança, defesa e aventura. Apresentará seu portfólio robusto que une
performance, design e tecnologia. E com forte atuação no segmento tático e policial, a
Protecop é especialista em equipamentos e soluções voltadas à proteção e à eficiência
operacional de forças de segurança em todo o país. Concebe, fabrica e comercializa
equipamentos de proteção individual tanto para manutenção da ordem quanto para proteção
balística, destinados aos primeiros respondentes das Forças Armadas ou empresas de
segurança privada, tanto na França como no exterior.

Armas e equipamentos de alto desempenho: a Fire Eagle Armory estará presente no COP
2025 com um portfólio que atende profissionais exigentes das áreas de defesa, segurança e
operações especiais. A empresa oferece soluções modernas e confiáveis que elevam o nível da
atuação em campo. Já a IWI (Israel Weapon Industries) é uma fabricante israelense de armas
de fogo, fundada em 1933, que se tornou líder mundial no setor de armas de pequeno porte.
Referência mundial em inovação, confiabilidade e tecnologia de armamentos, a IWI marcará
presença como expositora no COP 2025 com soluções táticas utilizadas por forças militares e
policiais em mais de 90 países. Suas plataformas, como o Tavor, Galil e Masada, são
reconhecidas pela precisão, durabilidade e performance em ambientes extremos.
Suporte de rede de comunicação: há 50 anos, a Tait Communications vem projetando,
entregando e fornecendo suporte a redes de comunicação críticas a clientes dos setores de
segurança pública, transportes e concessionárias de serviços públicos em todo o mundo.
Durante o COP Internacional, apresentará suas soluções de banda larga e digitais APCO (rádios
portáteis e móveis, estações bases, repetidoras e redes).

Soluções para segurança e defesa: a Praetor Defense Solutions atua na representação
comercial com expertise na entrega de soluções inovadoras e eficientes no setor de defesa e
segurança. Como representantes das melhores e mais confiáveis empresas do ramo, o foco é
atender agências governamentais, oferecendo produtos que atendem aos mais rigorosos
padrões de qualidade e segurança. Apoiados pelo impressionante histórico e expertise de seus
parceiros fundadores, juntamente com uma firme dedicação à integridade, a missão da Praetor
é fornecer ao governo acesso aos produtos mais confiáveis, contribuindo para a segurança
nacional e a proteção de nossos cidadãos.

Moedas personalizadas: há mais de uma década, a Tocoin, atua no segmento de challenge
coins e desde então vem ajudando instituições e empresas a eternizarem histórias por meio de
peças exclusivas. A ideia nasceu inspirada em uma tradição americana: no meio militar, moedas
representam honra, pertencimento e conquistas coletivas. No Brasil, a Tocoin trouxe esse
conceito e rapidamente conquistou espaço. Primeiro, atendendo unidades e corporações das
forças de segurança, depois, expandindo para o meio corporativo, em que empresas buscavam
formas mais significativas de reconhecer pessoas e celebrar momentos marcantes. A empresa
já desenvolveu mais de 5 mil projetos e entregou mais de 800 mil peças em todo o país e
também no exterior.

Atrações e possibilidades de negócios

A 5ª edição do COP Internacional tem a missão de integrar a sociedade civil às forças de
segurança, política e justiça do Brasil e já conta com uma ampla gama de atrações para reunir
agentes públicos de segurança, autoridades, as maiores marcas do Brasil e do mundo voltadas
a esse segmento, além da sociedade civil, em um espaço de informação, inovação e negócios.
O COP Internacional também será palco de importantes discussões para o setor da segurança
pública. Exemplo disso será a participação da Frente Parlamentar da Segurança Pública, que é
a maior Bancada Temática do Congresso Nacional, com mais de trezentos Parlamentares
Federais Membros. Além do Encontro de Parlamentares e Entidades Representativas Nacionais,
a ser realizado no dia 23 de outubro, de 15h às 18h, promovendo encontro de Parlamentares
Membros, com os Presidentes das Associações Nacionais de Profissionais de Segurança
Pública, a Frente também realizará a palestra “Orçamento para a Segurança Pública”, com o
objetivo de levar ao público participante do evento o alinhamento das estratégias para a
efetivação e a ampliação de orçamento público específico e carimbado para a segurança
pública, compreendendo a importância desse periódico investimento, enquanto condição para
a estabilidade e o progresso da nação.

Sediará, ainda, o Fórum de Segurança Pública Pelo Brasil, encontro realizado pelo Partido
Progressista e a Fundação Francisco Dornelles. O objetivo é reunir autoridades e especialistas
de diferentes correntes políticas para debater soluções para o problema da segurança no Brasil.
Além do presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira, são esperadas as presenças de
governadores, secretários de segurança, além do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; do
presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado, senador Flávio Bolsonaro, entre
outros.

O evento trará outros debates sobre estratégias de combate ao crime organizado;
compartilhamento de iniciativas bem-sucedidas no setor; uso de inteligência no combate a
organizações criminosas e legislação penal. Veja a programação completa no link.

Delegações confirmadas

Mais de 15 delegações estarão reunidas no COP Internacional 2025 para encontros
estratégicos, entre elas a Câmara Técnica de Inteligência de Segurança Pública (CTI-SSP);
Câmara Técnica de Inteligência das Polícias Militares (CTIPM / CNCG); Secretaria Nacional de
Políticas Penais (SENAPPEN); Comissão de Prospecção e Materiais Operacionais e
Coordenação-Geral de Planejamento e Modernização da Polícia Federal.
Também serão realizados encontros de órgãos como a Rede Interfederativa do Fundo Nacional
de Segurança Pública (FNSP); Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (CONSESP);
Conselho Nacional dos Comandantes Gerais das Polícias Militares (CNCG); Conselho Nacional
de Chefes de Polícia Civil (CONCPC); Conselho Nacional das Guardas Municipais (CNCGM);
Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária
(CONSEJ); Comitê Nacional dos Coordenadores de Operações Policiais Especiais (CNCOPE).
“Estamos preparando um evento com muita inovação visando bater o recorde da última edição
em que mais de 12 mil pessoas participaram nos três dias e quando foi ultrapassada a marca
de R$100 milhões em negócios efetivados”, declara João Sansone, idealizador do Congresso de
Operações Policiais.
O COP Internacional é acessível ao público maior de 18 anos. As inscrições estão disponíveis
pelo site e são gratuitas para membros da segurança pública.

O evento é patrocinado por empresas que são referência do setor de segurança e defesa, como
Helibras, Springfield Armory, Condor e Black Spirit.

Serviço: Congresso de Operações Policiais – COP Internacional 2025
Data: de 23 a 25 de outubro de 2025
Local: São Paulo Expo – Rodovia dos Imigrantes, 1,5 km – Vila Água Funda, São Paulo – SP
Informações e inscrições: https://cop.international

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Igor Cavalcante <![CDATA[Gerenciando crises de agressores ativos. Tem alguma diferença?]]> https://infoarmas.com.br/?p=13162 2025-09-09T22:48:07Z 2025-09-09T22:28:28Z Numa manhã de abril de 2011, um homem de 23 anos entrou em determinada escola e disparou contra pessoas que estavam no local. Ele portava dois revólveres. A escola, onde o agressor foi aluno, fica em Realengo, cidade do Rio de Janeiro. Após disparar em diversas pessoas, ele acabou confrontado por um policial. E, sem saída, cometeu suicídio. Mas não sem antes deixar um triste rastro de destruição. Naquela manhã o agressor deixou 12 pessoas mortas e outras 22 feridas. Parte significativa destas vítimas tinham entre 13 e 15 anos. Infelizmente.

O caso, que ficou conhecido como Massacre de Realengo, está na memória de todos os brasileiros. Foi um dia trágico e muito triste. Mas não foi único. Casos como este recebem acontecem mundo afora, às dezenas por anos. Sobretudo nos Estados Unidos. Lá, recebem o nome de active shooters. Aqui, costumamos chamar de agressores ativos, e têm maior prevalência em escolas.

Pessoas fugindo pelo corredor na escola em Realengo.
Fonte: Wikipedia <https://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Realengo>

Embora com particularidades, os casos lá e aqui são em muito aspectos semelhantes. Primeiro, vamos à um conceito. Na tradicional definição do FBI, são casos de active shooters quando “um ou mais indivíduos ativamente engajados em matar ou tentar matar pessoas em uma área povoada”. 

Mas o que isso significa?

Há ao menos três particularidades relevantes que os distinguem. Primeiro, são “ativos”. Isto é, os agressores atuam “ativamente engajados” em fazer múltiplas e aleatórias vítimas. Segundo, não precisam necessariamente ter vítimas fatais. A mera tentativa já pode perfazer o conceito. Isso está no “matar ou tentar matar pessoas”. Um terceiro elemento é que devem ocorrer em uma área povoada. Não sendo povoado, seria inócuo aos propósitos dos perpetradores.

Casos de agressores ativos são incidentes críticos

Casos de agressores ativos são tipos específicos de incidentes críticos. São crises. E mais: são crises policiais. O FBI – novamente – definiu crise policial como sendo “um evento ou situação crucial, que exige uma resposta especial da polícia, a fim de assegurar uma solução aceitável”. 

Para entendermos, outros tipos de crises policiais são, por exemplo, a tomada de reféns, rebeliões, ocorrências com bombas, algumas ações terroristas, tentativas de suicídio. Todas elas são situações cruciais, que demandam uma resposta especial da polícia e para as quais se busca um desfecho aceitável.

Mas isso ainda pode parecer vago. Podemos entender uma crise policial como uma ocorrência grave, importante, e cuja responsabilidade é da polícia. Óbvio. E esta resposta deve ser especial, não ordinária. E, por fim, que deve-se buscar uma solução aceitável. Isso pode parecer estranho, mas faz sentido. Nem sempre o melhor resultado é possível. Por vezes, o aceitável.

Tradicionalmente elenca-se também algumas características de uma crise policial: imprevisibilidade, risco iminente à vida, urgência, baixa incidência, complexidade. Confrontando os casos com a definição e suas características, parece indubitável que eventos de agressores ativos constituem, de fato, incidentes críticos policiais. São crises policiais. 

E porquê isso importa?

O fato é que crises policiais demandam respostas elaboradas, especiais. Buscar uma resposta aceitável exige da polícia um processo de gestão de recursos específica e eficiente. À isto denomina-se gerenciamento de incidentes críticos, ou gerenciamento de crises (há sutilezas terminológicas que aqui não vêm ao caso). No caso específico, vamos aqui chamar de gerenciamento de incidentes críticos de agressores ativos. Pra facilitar, uma sigla: GICAA.

E o que é gerenciar crises? Mais uma vez, o FBI: é “o processo de identificar, obter e aplicar recursos necessários à antecipação, prevenção e resolução de uma crise”. Ainda, para a Polícia Militar do Estado de São Paulo, é “o processo de identificar, obter e aplicar os recursos necessários à antecipação, prevenção e gestão de uma crise. Os principais fundamentos desse gerenciamento são: preservar vidas e aplicar a lei”. Esta definição traz consigo os objetivos do gerenciamento de crises: preservar vidas e aplicar a lei.

Então, em resumo, GICAA é o processo de gerir recursos de forma a antecipar, prevenir e resolver uma crise de agressor ativo, no sentido de preservar vidas e aplicar a lei. Isso é que se espera em casos como o de Realengo. Mas, há mais. Embora a polícia tenha fundamental importância na resposta, antecipar e prevenir também são parte do gerenciamento. Sim, o processo de gerenciamento pode ser dividido em quatro etapas:

  • Prevenção e mitigação: conjunto de medidas e ações adotadas antes do evento crítico, de forma a prevenir sua ocorrência, ou ainda para, em ocorrendo, mitigar seus resultados indesejados;
  • Preparação: planos de ação para que os envolvidos, pessoas e instituições, saibam, como agir na ocorrência da crise;
  • Resposta:, medidas postas em ação durante a ocorrência do incidente;
  • Restauração: ações voltadas à restauração ou volta à normalidade anterior à crise.

Estas fases ou etapas têm intercessões, não sendo estanques e totalmente separadas entre si.

O que gerir crises de agressores ativos tem de diferente?

Na maior parte das crises, a chegada dos primeiros policiais – denominados primeiros interventores – é seguida de passos mais ou menos uniformes. Ao se deparar com um fato que evidencie uma crise, os primeiros interventores devem: conter, evitando que a situação se alastre ou agrave; isolar, de modo a estabelecer perímetros e interromper comunicações com o ambiente externo; estabilizar, acalmando o perpetrador e diminuindo as tensões; verbalizar, iniciando as comunicações; e acionar, buscando acionar o comando de incidentes e os grupos especializados. É uma síntese, claro. Mas é mais ou menos isso.

E isso foi aplicado a muitas crises por muitos anos. Parecia uma boa resposta sempre. Ou quase sempre. Mas a história nos trouxe algumas lições, e não me parece sábio ignorar o passado.

A lição de Columbine: tempo é vida

Em abril de 1999, na cidade de Columbine, EUA, dois alunos estraram na escola Columbine High School com o propósito de matar o maior número de pessoas. Utilizando explosivos e armas de fogo, mataram 13 pessoas e feriram outras 23. As suas vítimas foram estudantes e professores.

A polícia foi acionada e chegou ao local apenas cerca de cinco minutos após o início do tiroteio. E estes, os primeiros interventores, tomaram decisões conforme se preconizava. Estabeleceram perímetro, contiveram, isolaram, acionaram equipes especializadas da SWAT, e assim por diante. E aguardaram. Fazia sentido para eles.

Policiais retirando pessoas de dentro da escola em Columbine.
Fonte: ABC News <https://abcnews.go.com/US/20-years-columbine-changed-school-shootings-america/story?id=62248885>

Estas decisões, porém, acarretaram consequências devastadoras. O comando da SWAT – equipe tática e especializada – chegou ao local às 11:36, cerca de 17 minutos após o início do tiroteio. Porém, só efetivou a entrada às 12:06. Ou seja, as equipes táticas entraram cerca de 47 minutos após os primeiros disparos.

Neste intervalo, os perpetradores continuaram a atirar e matar pessoas. Sem parar. Em outras palavras, enquanto policiais aguardavam do lado de fora, pessoas – crianças inclusive – morriam lá dentro. E isso não foi tudo. Após os agressores terem se suicidado, as equipes ainda não tinham como ter certeza de que o local estava seguro. E as equipes de atendimento médico emergencial não sabiam se poderiam trabalhar com segurança. Por um longo tempo.

Como resposta, foram revistos os protocolos. Foi criado algo para tratar especificamente de casos como ataques de agressores ativos. No lugar das ações iniciais habituais, faria mais sentido que os primeiros interventores buscassem neutralizar os agressores o mais rápido possível. Isso era urgente para salvar vidas. Pois, neste caso, tempo é vida.

Lição de Uvalde: comando e comunicação são fundamentais

Restou ainda um segundo problema não solucionado. Embora seja urgente neutralizar a ameaça, há ainda muito o que ser feito após isso. Pode haver diversos feridos. E, para estes, tempo também pode ser vida. Então seu atendimento médico deve ser prestado o mais breve possível.

Um colégio de cirurgiões americanos, após alguns eventos com múltiplas vítimas – dentre eles um caso de agressor ativo na escola de Sandy Hook -, postulou algumas ações que julgaram necessárias. E convalidaram a urgência desse atendimento. Este grupo formulou o que se conhece por Consenso de Hartford, que sintetizou as ações necessárias em um acrônimo: THREAT. Em resumo:

  • Threat suppression (supressão da ameaça);
  • Hemorrhage control (controle de hemorragias);
  • Rapid Extrication to safety (extração rápida para local seguro);
  • Assessment by medical providers (avaliação por socorristas especializados);
  • Transport for definitive care (transporte para tratamento definitivo).
Imagem ilustrativa do acrônimo THREAT, proposto no Consenso de Hartford.
Fonte: compartilhado com logo do Trauma Center CMU, do Hospital Maharaj Nakorn Chiang Mai, Tailândia

Ou seja, deveriam, o mais rápido que pudessem, atender as vítimas. Mas como?

Surgiram algumas sugestões, mas um caso ocorrido em maio de 2022, na Robb Elementary School, em Uvalde, Texas, mostrou que ainda havia muito a melhorar.

Às 11:33 da manhã um homem de 18 anos, utilizando um fuzil, iniciou o ataque nesta escola do Texas, indo rapidamente para as salas de número 111 e 112. Os primeiros policiais chegaram em 3 minutos. Eles entraram e foram neutralizar o agressor. Até aí, tudo conforme o protocolo. 

Porém, foram alvejados, sendo atingidos por estilhaços. Decidiram então abrigar e esperar. Tentaram entrar, sem sucesso, e passaram a tratar a situação como de um sujeito barricado. Ou seja, como outro tipo de crise. Estavam errados. Chamadas no 911 (o 190 deles) e disparos indicavam que não era aquilo. Ainda assim, decidiram iniciar a evacuação e aguardar por forças especializadas. Enquanto isso, pessoas inocentes continuavam sob risco de vida.

Policiais na escola em Uvalde, Texas.
Fonte: Los Angeles Times <https://www.latimes.com/world-nation/story/2022-07-17/systemic-failures-in-uvalde-school-massacre-report-finds>

Análises posteriores mostraram que dificuldades de comando e comunicação tornaram a situação grave, dificultando a correção de rumos. E a explicação é mais ou menos a seguinte: em casos de agressores ativos, como tomam decisões críticas, os primeiros policiais a chegarem assumem – ou devem assumir – o comando da crise. O comandante está na primeira equipe a chegar no local. Mas sua percepção do todo, de tudo que ocorreu lá fora desde sua entrada e de todas as novas informações, é limitada. Seus meios de comunicação também.

Todos precisam saber quem está no comando, quais as necessidades e qual a situação de fato. Além disso, outros policiais e recursos chegam ao local de forma ininterrupta e precisam ser bem utilizados, de forma eficiente. Então, como melhor gerir todos os recursos, internos e externos, se o comando estiver limitado, sem percepção e comunicações eficientes?

Uma solução parece ter sido, linhas gerais, esta: os primeiros interventores devem assumir o comando de forma clara e inequívoca. Porém, eliminado o risco ou a ameaça, faz sentido passar o comando para a área externa ao centro da crise – a zona vermelha. Deve estar ainda próximo ao cenário, mas fora do ponto crítico. Na zona morna. Sua função é coordenar todas as forças que chegam e iniciar o atendimento e extração das vítimas. Apenas nessa condição se pode atuar de forma coordenada e eficaz. E faz sentido, certo?

Essa mudança de comando ocorre em uma segunda fase do gerenciamento desse tipo de crise. E ela tem propósitos diferentes da primeira. Mas esse ainda não é o gerente de crises especializado, nem necessariamente o policial com maior patente. E, se a crise se estender demais, tiver muitas vítimas ou demandar coordenação de alto comando com outros órgãos, ele terá dificuldades em gerenciar esses múltiplos recursos.

Como fazer então? E, ainda, quais os passos para cada fase, o que e como cada medida deve ser feita?

Há certamente boas sugestões de ações encadeadas para cada fase, dados seus propósitos. E há também, evidentemente, particularidades no cenário nacional que demandariam adequações. Lógico. Mas, creio que já me estendi demais. Vou deixar para um próximo momento.

Referências

  • Silva, Marco Antônio da. Gerenciamento de crises policiais, Ed. Saberes, 2016.
  • Salignac, Angelo Oliveira. Negociação em crises: atuação policial na busca da solução para eventos críticos, 2011.
  • Cavalcante, Igor. Atrás das linhas aliadas: active shooter: casos de massacres no Brasil, 2022.

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Igor Cavalcante <![CDATA[Atendimento pré-hospitalar para casos de ataques em escolas: o que de fato sabemos fazer?]]> https://infoarmas.com.br/?p=13153 2025-08-30T23:01:47Z 2025-08-30T23:01:44Z Se você tomasse um tiro agora, o que faria? 

Fiz essa pergunta durante uma palestra numa escola e a resposta não me surpreendeu. Havia cerca de 200 professores e colaboradores, imbuídos dos melhores propósitos e aptos a lidar com as mais inusitadas e inimagináveis adversidades das turmas infantis. Ante tentativas tímidas – e frustrantes – de respostas, não demorou para que o diretor, com indisfarçável incômodo, pedisse a palavra. Sob expectativas de salvação, alegou que a escola cumpre a Lei Lucas, tendo habilitado em primeiros-socorros um percentual de professores. Louvável. De verdade. Isso é um enorme avanço e denota responsabilidade. Mas, insisti: se você tomasse um tiro agora, neste momento, o que faria? 

Evidente que interrompi o desconforto. Por vezes o constrangimento é um colateral necessário ao aperfeiçoamento. Mas nem sempre. Anos atrás fomos admoestados ante o trágico acidente com o jovem Lucas. Então com 10 anos, engasgou-se comendo um cachorro-quente na escola e, infelizmente, faleceu. Trágico. Triste. E o constrangimento era nosso: o que não fizemos para salvar Lucas? Certamente, muita coisa. Cerca de um ano depois foi sancionada a Lei 13.722, conhecida como Lei Lucas. Ela tornou “obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil”. Um avanço, sem dúvidas. Mas será o suficiente? Temo que não. 

Fonte da imagem: Ricardo Zamith. Manobra de Heimlich: Como realizar a técnica de desengasgo em bebês, crianças, adultos e gestantes. Linkedin.

Primeiros-socorros são daquelas habilidades que não se contentam com diplomas e certificados nas paredes. Ela demanda esforço contínuo. Estudo sugeriu que a qualidade do atendimento de RCP caiu de 78% – índice logo após o treinamento – para 40% em em seis meses. Outro avaliou 40 pessoas treinadas e, após um ano, apenas 16 dessas ainda foram capazes de realizar a manobra com eficácia. E, mesmo estas, com retenção média de 60% a 70% apenas. Acho que não preciso ir além. O treinamento não-habitual, sem revisões periódicas e rotineiras, tem chance razoável de ser insuficiente.

Todavia, isso não é tudo. Habilidades práticas que serão exigidas sob estresse agudo raramente serão performadas com a mesma proficiência. Em situações críticas, o corpo humano sofre alterações fisiológicas relevantes. Há vasoconstrição, redução da capacidade motora fina, perda da visão periférica. Não bastasse, também as capacidades cognitivas se deterioram, prejudicando o processo de tomada de decisões. 

Acontece que a maior parte dos treinamentos ocorrem sob as condições mais favoráveis possíveis. Em uma sala confortável, climatizada, com pessoas amistosas e sorridentes. Há um manequim à frente, e o professor pede gentilmente, ante inevitáveis brincadeiras da turma, que sejam realizadas as manobras recém-aprendidas. Esse cenário, embora convidativo, certamente será bastante diferente daquilo que se apresentará em um caso real. No momento crucial, ante a platéia atônita e barulhenta, haverá uma pessoa que dependerá dos seus conhecimentos e esforços. Entender o que está ocorrendo, o fluxo de ações necessárias, e tomar decisões assertivas, somada a excitação de não poder errar e o fardo da responsabilidade, não parece trivial. E não será. 

Treinamento de contenção de hemorragias.
Fonte: National Guard. <https://www.nationalguard.mil/News/Overseas-Operations/Article/1573841/saving-lives-through-tactical-combat-casualty-care/>

Mas há ainda um outro problema. Será o último aqui, prometo. O conteúdo e as habilidades treinadas nas escolas dialogam com as ocorrências mais habituais. Engasgos, contusões, desmaios, quedas, afogamentos. Mais de 3.300 crianças são vítimas fatais de acidentes por ano no Brasil. Faz sentido focar nessas adversidades. Todavia, há um problema aterrorizante e real. Em algum momento uma pessoa pode entrar na sala de aula, com uma arma de fogo ou uma machadinha, e desferir disparos ou golpes indiscriminadamente. Isso aconteceu em Realengo, em 2011. Aconteceu em Suzano, 2019. Em Blumenau, 2023. E vai acontecer novamente. E novamente. Infelizmente.

As vítimas destes fatídicos episódios dificilmente precisarão de manobras de desengasgo ou RCP. As habilidades, talvez não aprendidas e nunca treinadas, serão outras. Sabemos quais? É possível. Após um terrível evento de agressão em escola nos EUA, em 2012, especialistas sugeriram uma série de medidas para preservar vidas em casos assim. Dentre as habilidades está a contenção de hemorragias maciças. Um programa então foi desenvolvido para difundir estes conhecimentos. Certamente não é a solução derradeira, mas pode ser um passo. Certo?

Poster do programa Stop the Bleed®. O treinamento envolve técnicas de contenção de hemorragias.
(Tradução livre pelo autor).

A mera insegurança daqueles profissionais no auditório é indício de que algo precisa ser feito. Responder em público é bem menos aterrorizante que atender uma criança com uma machadinha cravada nas costas, como ocorreu em Suzano. Muito menos. Ainda assim, ninguém afirmou com segurança o que deveria ser feito. E já é hora de nos prepararmos. Já é hora de perguntarmos: o que estamos fazendo é suficiente? Sigo temendo que não. E nosso desdém pode ter custos. No momento decisivo, você saberá suas falhas. E lembre-se: esse constrangimento será seu.

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Igor Cavalcante <![CDATA[Torniquetes improvisados em casos de terrorismo e tiroteios em massa]]> https://infoarmas.com.br/?p=13125 2025-08-30T22:20:31Z 2025-08-30T13:32:45Z A tragédia

A Maratona de Boston é uma das mais famosas e tradicionais corridas de longa distância do mundo. São 42.195 km entre as cidades de Hopkinton e Boston, em Massachusetts, EUA. A primeira edição ocorreu em 1897, sendo a segunda maratona em antiguidade, ficando atrás apenas das maratonas olímpicas, que iniciaram um ano depois. Com frequência anual, reúne cerca de 30 mil atletas, sendo um evento que reúne milhares de pessoas de todo o mundo.

Ano após ano, essa tradicional corrida ocorreu sem grandes transtornos. Mas no ano de 2013 tudo foi diferente. Aquele momento de alegria e conquistas foi marcado por um trágico e lamentável evento. Naquela tarde de 15 de abril, duas bombas improvisadas explodiram próximo à linha de chegada, deixando 3 pessoas mortas e outras 264 feridas. Terroristas motivados por crenças extremistas deixaram explosivos improvisados com panelas de pressão no chão, próximos ao público. O terror, pânico e desespero transformaram aquele ambiente, há pouco carregado de otimismo e desafios.

Bombeiro carregando vítima de explosão na Maratona de Boston, em 2013.
Fonte: NGN, AP Photo/MetroWest Daily News, Ken McGagh.

Os serviços de emergência foram acionados, e a população ajudou prestando assistência aos feridos. Os feridos foram tratados em 27 hospitais locais. Como as bombas estavam no chão, houve um grande número de vítimas com ferimentos nas pernas. Estudos (1) indicam que, dos 152 pacientes que apresentaram-se aos departamento de emergência nas primeiras 24 horas, 66 sofriam de ao menos uma lesão em extremidades. Destes, 4 tiveram lesões em membros superiores, 56 em membros inferiores, e 6 em combinação inferiores/superiores. Houve 17 amputações em membros inferiores, decorrentes dos traumas, em 15 pacientes.

Foram aplicados 27 torniquetes. Todos improvisados! E, por fim, nenhuma destas vítimas foi a óbito.

Torniquetes improvisados?

Se você está familiarizado com o Atendimento Pré-Hospitalar (APH) em combate, TCCC, TECC ou mesmo com o programa Stop the Bleed (StB), então deve estar se perguntando: mas pode-se usar torniquete improvisado?

A dúvida faz muito sentido. E acredito que a melhor e mais simples resposta seja: o torniquete comercial e recomendado é o ideal. Mas quero propor uma discussão em um contexto não habitual.

Primeiro, ratificando o óbvio: sim, torniquetes comerciais e recomendados são melhores. São mais rápidos de aplicar e mais eficientes. Também diminuem os riscos. Porém, nem sempre estão disponíveis, tampouco nas quantidades por vezes demandadas. Atentados em massa, com centenas de vítimas, podem consumir recursos pré-hospitalares de forma rápida. Isso parece ter acontecido no caso da Maratona de Boston.

E lógico que métodos como pressão direta, indireta e preenchimento de feridas são eficazes. Quando possível, são mesmo muito bons e podem salvar muitas vidas. As análises após o tiroteio na escola primária de Sandy Hook, em 2012, corroboram este entendimento. Talvez por isso o StB não recomende torniquetes improvisados. Em muitos casos, faz sentido. Todavia, nem sempre o contexto permite a aplicação destas técnicas, que exigem alguma imobilidade, demandam tempo, atenção e permanência. Ou, ainda, podem não ser suficientes em casos de amputações.

Casos como o tiroteio em Las Vegas, em 2017, são complexos e trazem outras dificuldades. Um atirador em um ponto alto disparou cerca de 1.000 vezes contra a multidão presente no festival de música. Foram 10 minutos de disparos, e neste tempo as vítimas tiveram que ser atendidas sob fogo, enquanto buscavam entender o que ocorria e encontrar um abrigo. Algumas técnicas podem ser difíceis de se executar enquanto buscar abrigos improvisados parece ser a atitude mais razoável. E os torniquetes podem ser úteis nestas horas, sendo medida recomendada pelo TCCC mesmo no atendimento sob fogo.

Imagem ilustrativa do campo de ação do atirador em Las Vegas, em 2017.
Fonte: Goldsmiths University of London, How Forensic Architecture influenced Vegas shooting reports.

Ou seja, há circunstâncias em que os torniquetes podem ser necessários, mas, ainda assim, podemos não tê-los – torniquetes ideais, comerciais e recomendados – em quantidade suficiente.

Nem todo improviso é igual

Embora não incontroverso, há estudos que parecem amparar alguma eficácia dos torniquetes improvisados. “Concluímos que torniquetes improvisados, quando aplicados corretamente, desempenham um papel vital no controle de sangramentos com risco de morte”, consta na conclusão de estudo (3) comparando e avaliando torniquetes. Outro estudo (4), embora ratifique que torniquetes comerciais recomendados são muito mais eficientes, diz que “Este programa baseado em simulação melhorou significativamente a aplicação eficaz de torniquetes improvisados. Eles podem ser uma alternativa razoável quando os torniquetes de emergência não estão prontamente disponíveis e devem ser incluídos nos currículos nacionais de controle de sangramento.”.

Ainda assim, parece haver muitas críticas a respeito do uso e eficácia dos torniquetes improvisados. Parte da explicação talvez seja que as análises, por vezes, considerem todos os tipos de improviso como sendo uma só bloco, sem os diferenciar. Mas nem todas as improvisações são iguais, podendo variar de forma substancial. E podem existir formas melhores, e outras piores.

Estudo (2) sugere que torniquetes improvisados sem molinete falharam em estancar o sangramento em 99% dos testes. Já com molinete, os torniquetes improvisados ​​falharam em 32% das vezes. As tentativas de estancar o pulso sem molinete falharam totalmente (100%). Nestes casos, mas com molinete, todavia, falharam em 31% das vezes. “A diferença nas proporções foi significativa (p < 0,0001)” (2).

Este estudo parece concluir que torniquetes improvisados com molinete/alavanca parecem mais eficientes que os mesmos sem haste para constrição mecânica. Mas ambos – com e sem molinete – são considerados improvisados, o que pode, em uma análise geral, levar a conclusões enviesadas sobre sua eficácia. Correto?

Para visualizar o que seria um torniquete improvisado com molinete, a imagem ilustra. No exemplo ilustrativo, usa-se um bandagem com tira grossa e algo rígido, como um galho ou outro objeto similar, como molinete. Esse modelo parece presente em muitas improvisações.

Imagem apenas ilustrativa.
Fonte: Mike Shertz MD/18D. It is not a tourniquet if if does not have a windlass. Crisis Medicine.

Conclusão

O objetivo deste artigo não é, de forma alguma, sugerir ou estimular o uso de torniquetes improvisados. Não é isso. Quer-se tão somente estimular o debate a respeito, pois há casos reais em que as circunstâncias trazem dificuldades além do habitual e ideal. E, por vezes, na prática, ele acaba sendo utilizado de qualquer forma, sendo recomendado ou não.

Gerenciar casos de atentados em massa, agressores ativos e de terrorismo, pode ser desafiador. O uso de explosivos na altura do solo em uma multidão ou tiroteios incessantes a partir de pontos altos podem consumir os recursos médicos locais de forma rápida, ou ainda impedir o acesso às vítimas por tempo demasiado. E, em certos casos, tempo pode ser vida.

Por fim, não pode-se negligenciar todas as considerações extremamente relevantes sobre o uso dos torniquetes, quaisquer que sejam eles. Tempo de aplicação, local, pressão adequada, uso correto e demais circunstâncias são considerações necessárias. E apenas pessoas qualificadas, em ambientes adequados – cursos, treinamentos, etc -, podem manejar estas informações de modo apropriado. Não é este o caso desse artigo.

E isso não é tudo: há sempre riscos associados, e eles devem ser considerados. Sempre! Um risco especial dos torniquetes improvisados é o chamado “torniquete venoso”, e isso é um risco real e grave. Ou seja, o assunto deve ser tratado com seriedade e nos locais corretos.

Por hora, quer-se tão somente trazer este assunto para a discussão. Evidente que isso deve ser feito com cautela, por profissionais competentes e levando muitas variáveis em consideração. Mas a discussão não me parece absurda e sem propósito. Pelo contrário. Talvez seja necessária.

Referências

  • (1) King DR, Larentzakis A, Ramly EP; Boston Trauma Collaborative. Tourniquet use at the Boston Marathon bombing: Lost in translation. J Trauma Acute Care Surg. 2015 Mar;78(3):594-9. doi: 10.1097/TA.0000000000000561. PMID: 25710432.
  • (2) Altamirano MP, Kragh JF Jr, Aden JK 3rd, Dubick MA. Role of the Windlass in Improvised Tourniquet Use on a Manikin Hemorrhage Model. J Spec Oper Med. 2015 Summer;15(2):42-46. doi: 10.55460/DTPO-G5OG. PMID: 26125163.
  • Wikipedia. Boston Marathon bombing. <https://en.wikipedia.org/wiki/Boston_Marathon_bombing>.
  • (3) Stewart et al. Improvised tourniquets: Obsolete or obligatory? J Trauma Acute Care Surg, Volume 78, Number 1, 2014.
  • (4) 407 Just in Time to Stop Bleeding: Comparing an Improvised Tourniquet Out of Common Items to a Commercial Tourniquet Using Simulation-Based Training. Engberg, A. et al. Annals of Emergency Medicine, Volume 76, Issue 4, S155 – S156
  • (5) Mike Shertz MD/18D. It is not a tourniquet if if does not have a windlass. Crisis Medicine. <https://www.crisis-medicine.com/tourniquets-require-a-windlass/?srsltid=AfmBOoqLERk8VUANmJ20ml_LLke6exWQbYLbYSPNcXWy5ViH75QWYj2c>
  • (6) Reuters. Tourniquets, once out of favor, helped save lives in Vegas shootings, 2017.
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Humberto Wendling https://clubedeautores.com.br/livros/autores/humberto-wendling <![CDATA[Quantas ocorrências?]]> https://infoarmas.com.br/?p=13117 2025-07-27T19:40:42Z 2025-07-27T19:40:39Z Como saber o nível de letalidade policial?

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