Antes de tudo
De início digo que este trabalho é para todos que de alguma maneira, seja por profissão, por valores pessoais, ou ambos, fazem sacrifícios para tornam a vida de outras pessoas um lugar melhor para viver. A minha sincera e profunda gratidão a todos vocês. Agradeço também a oportunidade do editor pela grande oportunidade de poder estar aqui.
Para a sua pesquisa
Antes de falarmos sobre o objeto específico do artigo, preciso comentar algumas coisas. A terminologia usada será explicada em português, mas usada em inglês algumas vezes, simplesmente pelo fato de termos uma vasta literatura e analise de produtos na língua inglesa com as palavras que serão mencionadas, e desta maneira, você poderá pesquisar sobre o tema.
Luz
“A luz é um tipo de onda eletromagnética visível, formada pela propagação em conjunto de um campo elétrico e um magnético. Como é característico da radiação eletromagnética, a luz pode propagar-se através de diversos meios e sofrer alterações de velocidade ao passar de um meio de propagação para outro. No vácuo, a luz possui velocidade máxima equivalente a 3,0 x 10 8 m/s.

A luz também pode ser entendida como um fluxo contínuo de partículas que transportam energia.”
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-a-luz.htm
Dica: toda as vezes que você ter em suas mãos as palavras Energia e Luz, imagine e compare-as como se fossem a água.
Beamshot
Inicialmente o que temos são os raios de luz, que são linhas orientadas e que representam e indicam a direção e o sentido de propagação da onda luminosa. O feixe de luz são o conjunto dos raios de luz. Ambos são originados por uma fonte luminosa.
Exemplo: imagine o seu chuveiro como a sua fonte luminosa, cada gota é uma partícula que transporta energia, e a linha de água que sai de cada um dos orifícios seria o equivalente aos raios de luz, e do conjunto destes, teremos o feixe de luz. Vide a imagem abaixo:

Na imagem abaixo temos representada em amarelo, o feixe de luz de sua lanterna de mão.

O feixe de luz em inglês é beam. E do beam temos o beamshot. O beamshot é uma imagem/foto do feixe de luz em uma parede branca, ou em plantas, ou em um ambiente externo (parque, rua, etc) ou em uma superfície lisa que reflita a luz. A maneira como a foto é tirada poderá ter ou não o control shot que é uma imagem sem a fonte de luz que será acionada (no caso a lanterna). Isto é importante para podermos ter uma referência do que virá depois.
Dica: Veja no link abaixo mais de 1000 beamshots. A página tem muitas imagens e usará muita banda de internet e memória de seu dispositivo, sendo a melhor opção que você visualize este link via computador ou algum dispositivo similar. https://www.taschenlampen-forum.de/threads/%c3%bcber-1-000-beamshots-mit-lampenbildern.27575/
Exemplo de um beamshot de uma Elzetta Charlie tirado de um dos links acima:

Anatomia do Beam da Lanterna
O beam terá um ou mais dos componentes abaixo:
Hotspot é a parte central e mais intensa do feixe/beam da lanterna. Um hotspot bem definido e intenso será útil iluminando objetos distantes, mas a sua utilidade diminui em ambientes fechados e pequenos.
Secondary Hotspot similar ao hotspot, é o um segundo hotpost não se confundido com a Corona. Ele é bem perceptível como o hotspot. Muitas lanternas não tem Secondary Hotspot.
Corona: é a parte muita pequena logo após o hotspot. Nem sempre será perceptível ou simplesmente não existirá.
Spill ou Sidespill é a parte periférica e menos intensa do feixe/beam da lanterna. Quanto mais spill a lanterna tem, maior a área que poderá iluminar. Esta área não significa mais luz. Você pode ter duas lanternas, onde o spill tem o mesmo diâmetro, mas eles tem uma quantidade de luz diferente entre eles.

Neste review você terá uma bom exemplo de hotspot diferentes, sendo o da Elzetta, portadora de um Secondary Hotspot http://flashlightguide.com/2013/12/elzetta-charlie-vs-surefire-p3x-fury/
Veja no vídeo abaixo, veja a diferença entre os beamshots de algumas weaponlights:
É importante mencionar que o tamanho e formato dos componentes do beam, tendem a variar conforme a fonte de luz, no nosso caso, do modelo da lanterna e de seus componentes.
Após uma determinada distância, e isso muda para cada modelo de lanterna específica, a Corona, o Secondary Hostpost e o Spill podem desaparecer. Na verdade, eles não somem, mas ficam imperceptíveis. Exemplo: você tenta iluminar um prédio a centenas de metros, pode ser que somente o hotspot esteja visível no prédio e isso é comum de ocorrer. Observação: não ilumine prédios habitados e sem a devida autorização.
Dica: o formato do beamshot é de extrema importância, pois é através dele que você percebe visualmente como a luz se apresenta no ambiente e é refletida do objeto iluminado até os seus olhos, e como esta imagem será usada e trabalhada pelo seu cérebro na percepção do que está sendo apresentado. O beamhost é sempre uma referência de informação para o estudo e analise de uma lanterna com o objetivo de orientar alguém no momento da compra, ou estudo, ou para qual será a aplicação/uso, ou mera discussão sobre o tema. A recomendação dada por todos que usam lanternas é: veja os beamshots.
Throw x Flood
Throw significa arremessar. É a capacidade de uma lanterna de colocar luz em uma área distante. Pode ser a alguns centímetros ou até quilômetros (pesquise por Surefire Hellfighter e Lemax LX70). Algumas vezes você encontrará o termo spot onde a proposta é que o beam esteja bem concentrado também e ilumine mais longe.
O diâmetro do hotspot definirá se a lanterna terá muito throw ou não. Não importa a quantidade de lúmens a thrower sempre terá um ângulo do hotspot pequeno. Quando falamos que uma lanterna tem throw, significa que ela ilumina longe.
Uma lanterna com boas características para iluminar longe é chamada de thrower e geralmente possui um feixe estreito.
Exemplo de lanterna feita para throw ou como dizemos, uma lanternapara thrower.

Apesar de ter uma luz um pouco difusa quando ilumina o objeito, na imagem acima, a Lemax LX70 consegue concentrar quase a totalidade de sua luz emitida em um ângulo muito pequeno do hotspot.
Flood significa esparramar. É a luz difusa emitida por uma lanterna. Tem seu uso voltado para iluminar uma área maior. Veja lanternas de cabeça como Armytek Wizard. Algumas laternas feitas para flood, possuem 2 , 3 ou até mais fontes de luz.
Exemplo de uma lanterna para flood a Armytek Wizard Pro XHP50 Warm

Algumas lanternas tem um ou mais fontes de luz ou um ajuste do beam (como as maglites) onde você poderá ajustar ou mudar o beam.
Veja o exemplo da Princenton Tec Vizz com mais de um led. Em algumas lanternas de cabeça você pode acionar um led para spot e outro para flood.

Fonte da imagem: https://princetontec.com/product/vizz/
Juntando tudo
Uma lanterna comum possui throw (arremessa a luz a uma certa distância) através do hotspot (parte central e bem definida) e nem sempre tem o spill (parte periférica).
Uma lanterna feita para flood é para esparramar a luz, e a uma distância curta até pode aparecer um hotspot mas ele se dilui a poucos centímetros ou metros.
Uma lanterna de thrower é para mandar a luz bem longe. Não importa a quantidade de lúmens, a thrower sempre terá um ângulo do hotspot pequeno.
O formato e a anatomia do beam independem da quantidade de lúmens. Lúmen, Candela, Lux e outros assuntos serão abordados em breve.
Nos EUA e outros países quando falamos que a lanterna tem mais flood significa que no geral ela esparrama mais a luz. Mas recomendo que você use sempre uma referência.
O ideal seria dizer que a lanterna X tem mais throw ou flood que a Y. Só que ninguém fala ou divide o hotspot do spill.
Exemplo: O hotspot e da Elzetta do review já mencionado, tem um ângulo maior que uma Surefire, e nem por isso a Elzetta é para flood. E o spill da Elzetta também tem um ângulo maior que o da Surefire, e nem por isso a Elzetta é para flood. Mas no contexto geral o pessoal diria que a Elzetta tem mais flood.
Por isso quando alguém falar sobre throw ou flood, tente contextualizar o momento, senão ficará tudo embolado.
O formato do beam, bem como se a sua fonte de luz foi feita para um uso comum, de trhow ou flood, são os itens que devem definir a sua compra ou até mesmo o uso do equipamento em algumas ocasiões. Não existe o melhor nem o pior, existe o que você tem disponível e se o equipamento atenderá às suas necessidades.
Depois de ler tudo isso, peço que você pesquise o modelo de sua lanterna seguida das palavras review ou ainda beamshots. Compare o hotspot e beamshot, procure por testes e avaliações onde seja perceptível notar as diferenças dos temas abordados aqui. Desta maneira começara a entender mais sobre o tema. E se for possível também, pegue o seu celular e outras fontes de luz que você tem disponível e compare-as uma a uma.
Muita luz em tua vida!!!