Autor Daniel Marobin 1
A intervenção policial em ambientes de baixa luminosidade, apesar de ser uma concepção relativamente nova em nosso contexto policial, já é tema amplamente debatido em países de características técnica e bélica mais desenvolvidas. O contexto de uso de luzes em situações noturnas remonta à primeira grande guerra, ainda nos treinamentos de exércitos para o campo de batalha. STANFORD2 indica isso em sua clássica obra sobre combate noturno.
Para uma realidade contemporânea, na análise dos dados relativos a atuação da polícia militar do Estado do Rio Grande do Sul (PMRS), constatou-se que das 1.321.353 ocorrências policiais de toda ordem registradas no ano de 2019 por aquela PM, 33,24% ocorreram em horários entre as 18h e 06h3.
SEEKLANDER4 chama a atenção para um aspecto sobre o fato de que parte da doutrina5 cita frequentemente que 80% das ocorrências policiais em que houve confronto armado se deram em horário noturno, considerando como tal o horário compreendido entre as 18h e às 06h. Esclarece que, independentemente do horário do confronto armado, não há presunção de que o ambiente onde se deu o confronto esteja sob baixa luminosidade. Destaca, o mesmo autor, que a visão do policial pode encontrar mais luminosidade durante a noite em um estacionamento iluminado do que durante uma tarde de um dia nublado.
Na mesma direção são os dados obtidos no programa Uniform Crime Reporting6 (UCR) disponibilizados no site do FBI7, onde se percebeu que das 259 mortes de policiais havidas no período analisado (2014-2018), uma grande parcela delas se deu em situações que indicavam a imprescindibilidade do emprego e uso de lanternas.
Dos dados da UCR, resumidamente, podemos concluir o que segue sobre as ocorrências que vitimaram os policiais:
- 24,7 % se deram em ambiente de baixa luminosidade.
- 6,9 % foram nos períodos do alvorecer e do anoitecer.
- 19,9 % foram em ambiente de luz artificial.
- 46,3 % das ocorrências se deram com luz do dia; contudo, dessas, 13,3% foram dentro de ambientes.
Tem-se que aproximadamente 60% das intervenções que resultaram morte de policiais nos EUA no período analisado se deram em situações que sugerem o uso de lanternas.
O uso de luzes não afasta o risco da intervenção; porém, pode minimizar a reação letal contra agentes da lei, bem como, melhorar as condições de enfrentamento policial.
Uma vez definida a importância do uso de luzes para a atividade de intervenção em ambientes de baixa luminosidade, seja ela vinculada ou não ao confronto armado ou na sua eminência, este estudo busca para além do contexto de uso regular de lanternas, ingressando nos aspectos que revestem o uso de equipamentos de luzes de mão ou montadas em armas na sua exclusiva emissão de feixe estroboscópico.
O uso da luz estroboscópica não é unicamente voltada para ambientes de baixa luminosidade, sendo capaz de atingir seus objetivos táticos também em situações de luminosidade normal, desde que em potência e intensidade de feixe adequadas.
- Características da Luz Estroboscópica.
O conceito de luz estroboscópica é tido pela caracterização de uma luz emitida de forma intercalada entre “ligado” e “desligado” de maneira autônoma e sincrônica (flashes regulares). A palavra tem origem na palavra grega stróbos, que significa “ato de girar”. Guarda paralelo com o conceito de intermitência. Para efeito deste estudo sobre luzes estroboscópicas para a atividade policial, a condição estroboscópica trazida por um feixe de luz deve ocorrer entre frequências que possam ser prejudiciais a visão humana, de modo a causar desconforto, cansaço visual, perturbação cognitiva e outras respostas fisiológicas/psíquicas como convulsões em pessoas com epilepsia fotossensível.
Nessa direção, luzes estroboscópicas para uso policial devem estar nas mesmas frequências das ondas cerebrais específicas que causem desorientação e possam reduzir a capacidade de resistência física e psicológica de uma ameaça.
As frequências são apresentadas na grandeza Hertz, que representa a repetição do pico de uma onda no lapso de 01 segundo.
Os efeitos conhecidos causados pela intermitência controlada do feixe luminoso são descritos em vasta doutrina e podem ser classificados8 de acordo com a frequência de onda.
a) As frequências das ondas cerebrais
Ondas Gama: frequência 30Hz – 100Hz (comumente concentrada em 40Hz)
As ondas Gama estão associadas à percepção de estímulos durante os estados de consciência, onde a possibilidade de focalizar a atenção é maior do que em outras situações. Por sua vez, este tipo de onda cerebral permite o processamento de informações ligadas a tarefas de considerável demanda cognitiva. Um indivíduo saudável submetido a essa frequência de luz estroboscópica poderá ter dificuldades em processar respostas físicas ou verbais mais complexas.
Ondas Beta: frequência 12Hz – 30Hz
As ondas cerebrais Beta ocorrem quando são feitas atividades de alto funcionamento cognitivo que requerem destrezas e habilidades específicas.
É nessa frequência de onda que ocorre o foco de atenção e onde também esta presente um alto grau de concentração da pessoa. É possível se interpretar que uma pessoa submetida a esta frequência de luz estroboscópica poderá ter comprometida a sua capacidade cognitiva, psicológica e física.
Um agente de segurança deve esta atento para as respostas em uma abordagem com o uso de luz estroboscópica sobre a pessoa, tanto em ondas Beta quanto Gama.
Ondas Alfa: frequência 7,5Hz – 12Hz
As ondas Alfa ocorrem em estados de relaxamento mental e corporal. Por esta razão, a principal função deste tipo de onda cerebral é dar avisos de tranquilidade.
Ondas Theta: frequência 4Hz – 7,5Hz
As ondas Theta promovem o relaxamento corporal e são responsáveis por intervir nos momentos anteriores ao adormecimento.
Ondas Delta: frequência 0,1Hz – 4Hz
As ondas Delta estão relacionadas a momentos de profundo relaxamento mental e corporal nas pessoas.
O quadro abaixo9 apresenta sinteticamente as frequências cerebrais humanas:

2. O “FrameRate” da Visão Humana
Os estímulos visuais percebidos pela visão humana são processados em quadros por segundo. Vale dizer que, quando estamos olhando ao nosso redor, nossos olhos estão captando o ambiente e os estímulos visuais presentes e processando esses estímulos a uma determinada taxa. Essa taxa é chamada de quadros por segundo. Esses recortes ou framessão “montados” um após o outro e temos uma imagem contínua processada por nosso cérebro. A captação desses “recortes” é limitada pela nossa capacidade visual. Se a taxa de captação e processamento fosse menor, nossa mente conseguiria perceber os “recortes” existentes.
A imagem abaixo10 representa os frames utilizados em cinema, onde cada quadro representa uma imagem estática e ao “rodar” esses quadros, nossa mente estabelece uma continuidade para as imagens criando um filme em movimento.

Nossa mente consegue processar o que a visão humana capta e registra, conscientemente, em torno de 30 quadros por segundo em média. Contudo, nosso cérebro, consegue ter ciência deles em quantidade ainda maior. Alguns estudos indicam capacidade cerebral de imagens não registradas pela visão humana acima de 100 quadros por segundo, como demonstra um estudo11 de 2014 do Instituto de Tecnologia de Massachusetts onde se descobriu que o cérebro pode processar uma imagem que seu olho vê por apenas 13 milissegundos.
Vídeos em geral usam uma taxa de 30 quadros por segundo (FPS), podendo ser elevados ao se duplicar ou triplicar os quadros, para até 120 FPS, mesmo que nossos olhos não possam se mover tão rápido quanto 30 movimentos por segundo12.
Apesar de não existir uma definição exata da capacidade da visão humana em captar e processar uma informação externa visível, o “corte” estaria situado acima dos 24 Hertz. Tal velocidade decorre do fato que o nosso cérebro necessita de um tempo para processar os cálculos de perspectiva, paralaxe, características de um objeto e outras informações contidas na imagem captada pela visão.
Nesse contexto, uma luz estroboscópica que estiver acima de 30Hz (trinta emissões de luz em um segundo) não terá relevância, sendo ineficaz na missão de causar transtorno ou alteração cognitiva, psicológica ou fisiológica em um indivíduo submetido a ela.
3. O Termo “Tático”
O termo “tático”, em sentido amplo, destaca uma qualidade ou característica de quaisquer objetos indicando que esses possuem capacidade técnica suficiente para elevar as suas potencialidades se comparados a um objeto similar “não tático”. Isso vale dizer que uma lanterna tática de mergulho, ou outro equipamento qualquer destinado ao mergulho profissional deve possuir uma ou mais características que melhorem o desempenho em ambiente submerso, como por exemplo, a impermeabilidade IPX8 (International Protection) que garante a vedação contra água em submersão do produto até 3 metros de profundidade. Como também o posicionamento do botão de acionamento localizado no corpo de lanterna e não na sua cauda como os botões de lanternas táticas policiais por exemplo.
Assim, importa destacar que uma lanterna tática policial deve ter determinadas características de acionamento e frequência da luz estroboscópica que melhorem a sua capacidade de uso da luz de acordo com a necessidade e objetivos de uma ação/intervenção policial e de acordo, principalmente, com as características da percepção e interpretação do que for captado pela visão humana.
4. Lanternas Táticas Policiais
As lanternas táticas policiais possuem determinadas características que a fazem adequadas para o uso a que se destinam em relação a quaisquer outras lanternas que não possuem tais características. Por exemplo, uma lanterna tática policial deve possuir botões de acionamento de causa (tailcap); potência e intensidade de feixe adequado ao uso proposto; projeção do feixe com concentração central e derrame periférico (se destinada a intervenção de proximidade ou média distância. Se destinada a longa distância, não deve possuir derrame periférico); impermeabilidade e resistência a quedas e, obviamente, acionamento de luz estroboscópica de modo controlado e com interface de usuário (IU) adequada ao uso policial. Tais características podem não ser úteis para o uso da mesma lanterna em situações diversas do uso policial, podendo prejudicar o desempenho de um mergulhador inclusive.
5. Sistemas de acionamento da luz estroboscópica em lanternas policiais
Basicamente, as lanternas policiais de mão possuem quatro mais conhecidos de acionamento da luz estroboscópica:
a) Cabeças rotativas: Estão presentes nos modelos da Armytek, Trustfire e outros. O acionamento da luz estroboscópica é obtido com a rotação de fração do rosqueamento da cabeça da lanterna e posterior acionamento do botão traseiro, transpassando os diversos modos de potência até se chegar a projeção estroboscópica. Para se estabelecer o uso de luz estroboscópica, tais sistemas são inadequados para uso policial, uma vez que não são intuitivos e exigem o uso de ambas as mãos. Contudo, não havendo a necessidade de alternância de uso da luz estroboscópica, não há impeditivo para uso profissional.

b) Botões secundários posicionados longitudinalmente no corpo da lanterna: esse sistema exige mais atenção cognitiva e melhor motricidade fina, além de um posicionamento de mão na empunhadura da lanterna que desconecta o polegar do acionamento sobre o botão principal. Tais sistemas são encontrados na maioria das lanternas e são menos adequados para o uso policial se o uso for para projeção de luz estroboscópica.

c) Botões de cauda de switch duplo: em tais sistemas o botão primário esta destinado ao acionamento da luz e o botão secundário à mudança de modos de fluxo luminoso, acionamento da luz estroboscópica ou outra funcionalidade. Tais conjuntos de botões de cauda são encontrados comumente em lanternas da marca Nitecore e Klarus. Tais comandos estão posicionados em um mesmo local, possibilitando o acionamento de maneira rápida e com média intuição, exigindo apenas que o operador retire a pressão – se a luz estiver sendo empregada no modo momentâneo – sobre o switch primário ou desligue a luz – se esta estiver sido acionada no modo permanente – e, após, acione o botão secundário para acessar o estrobo. Tal sistema é apto para uso policial; contudo, recomenda-se atenção à IU (interface de usuário) e à programação digital estabelecida para o sistema pelo fabricante.

d) Botões de causa de pressão dupla: encontrados unicamente em alguns modelos de lanternas da Nextorch. Tais botões são capazes de acionar o fluxo de potência máxima da lanterna através da pressão inicial do botão traseiro e, ao se aumentar a pressão sobre o botão, migram para a luz estroboscópica (sistema One-Step-Strobe). Ambos acionamentos – potência máxima e luz estroboscópica – são na modalidade momentânea. As projeções permanentes de luz e/ou variações de potência podem ser obtidas através da rotação do botão magnético ou rotações da cabeça nessas lanternas. Tecnicamente esse sistema é o mais adequado para intervenções policiais em razão de sua fácil adaptação, adequada IU e alta intuitividade de uso.

6. A Luz Estroboscópica em Atividade Policial
O uso de luz estroboscópica é destinada a situações de intervenção policial diante de indivíduos que possam ofertar resistência e/ou se presuma injusta agressão contra os agentes de segurança. O uso de luz estroboscópica sobre a face de um indivíduo tende a reduzir a sua capacidade física e psicológica de resistência ou enfrentamento decorrente de uma abordagem legal, justamente por causar desorientação e confusão mental.
Na prática, o uso de luz estroboscópica em atividade policial esta voltada para abordagens de indivíduos que possam ofertar resistência/injusta agressão, bem como, em situações táticas de intervenção em locais confinados diante de ameaças com atiradores ativos ou ações de tomadas de assalto.
Basicamente, duas são as características esperadas de uma lanterna tática policial relativamente ao feixe estroboscópico:
- Potência e intensidade relativamente altas e capazes de impactar na visão humana causando desconforto luminoso. Uma boa lanterna deve ter feixe de luz na ordem de 1.200 lúmens para lanternas de mão e uma intensidade em torno de 8.000 candelas ou mais. A emissão estroboscópica deve se manter com picos nessa mesma ordem.
- Frequência da luz estroboscópica na faixa de 12Hz a 24Hz. Abaixo disso, a luz exerceria ação relaxante e acima disso não seria adequadamente processada pelo cérebro humano.
Algumas lanternas policiais emitem luz estroboscópica randomicamente, alternando feixes estroboscópicos ora em frequências menores (algo em torno de 13Hz) e ora em frequências maiores (algo em torno de 21Hz). Esse ajuste eletrônico tem se mostrado positivo uma vez que tende a interferir de maneira mais ampla sobre a faixa de frequência das ondas cerebrais Beta – de 12Hz a 30Hz.
7. Técnicas de Uso
As técnicas de uso da luz estroboscópica podem ser analisadas sob quatro pontos principais: O momento do uso; a técnica de uso; a resposta obtida e a interferência causada no operador.
- O momento do uso
A emissão de feixe de luz estroboscópico deve ser destinado a interações com indivíduos abordados que possam oferecer risco potencial de resistência ativa ou injusta agressão contra agentes de segurança. Os efeitos causados – já apresentados neste artigo – devem ser justificados pelo agente enquanto resposta decorrente do uso da força legal. Lanternas policiais são classificadas como equipamentos de menor potencial ofensivo destinados ao uso por agentes públicos em intervenções legítimas.
Em interações ou intervenções em que se afaste integralmente a existência de resistência ou prenúncio de injusta agressão por parte do indivíduo abordado, a luz estroboscópica deve ser evitada.
Objetivamente, o uso de luzes estroboscópicas deve ser destinado para empregos táticos como tomadas de assalto a locais específicos e com existência de ameaças em potencial. Além disso, estão destinadas para situações de ameaças humanas em potencial ou que possam ofertar resistência ativa ao uso da força legal. Em situações de ameaças ou resistência letais, o uso de luz estroboscópica pode atuar em conjunto com força letal (arma de fogo).
O contexto do momento do uso esta intimamente vinculado aos resultados que se esperam do abordado quando submetido a luz em uma abordagem. Portanto, convém compreender os efeitos possíveis resultantes dessa submissão.
- A técnica de uso
A técnica de uso da luz estroboscópica esta intimamente ligada as demais técnicas da intervenção armada em ambientes de baixa luminosidade, as quais não serão tratadas neste artigo.
A luz estroboscópica deve ser utilizada apenas no momento em que a eventual ameaça ou o abordado foi localizado. Em condição de busca ativa por ameaças, o operador deverá empregar a luz contínua em flashes curtos e imediata mudança da posição tão logo interrompida a emissão da luz – emprego da técnica “luz e movimento”. O uso de luz estroboscópica em momentos diversos do estabelecido podem comprometer a capacidade escotópica (capacidade da visão humana enxergar em situações de baixa luminosidade) do operador.
Uma vez localizado e identificado o indivíduo, a luz deverá ser lançada sobre sua face de modo a atingir seus olhos, determinando – ao abordado – que mantenha a face voltada para o agente e que mantenha as mãos sobre a cabeça ou em outra posição viável taticamente.
Havendo confronto armado, a técnica 3F (Flash, Fire, Fly) é recomendada.
- Resposta obtida
A submissão de uma pessoa a luzes estroboscópicas de lanternas ocasionam determinadas respostas orgânicas que são esperadas, podendo variar de acordo com cada indivíduo.
Destacam-se as seguintes possibilidades de respostas individuais: comprometimento da capacidade cognitiva e física; desconforto; náuseas; tontura; cansaço visual; perturbação psíquica (alterações no pensamento, emoção e comportamento); epilepsia fotossensível e cegueira temporária13.
MASSANTINI14 retrata que o uso da lanterna no modo estroboscópico possibilita que um agente da lei possa se mover em ambientes por até 8 metros sem ter a sua mudança de posição identificada. O uso estroboscópico possibilita ainda a alteração da percepção espacial e de profundidade; dificulta a audição e induz o indivíduo ao medo. O mesmo autor conclui que a utilização da lanterna no modo estrobo tem melhor empregabilidade em situações de tomadas de assalto por grupos táticos.
Nesse contexto de respostas esperadas, deve o agente da lei analisar e interpretar, conduzindo sua interação de acordo com o as circunstâncias apresentadas.
Sem prejuízo de outras análises, o operador terá que compreender que o abordado poderá ter dificuldade para compreender que se trata de uma abordagem por agente de segurança, como também, poderá ter dificuldades em perceber o posicionamento dos agentes no terreno e atender a plenitude das ordens emanadas.
- Interferênciacausadanooperador.
Sinteticamente, todas as respostas obtidas do indivíduo submetido a luz estroboscópica, de ordem orgânica – física e psicológica – poderão ser experimentadas também pelo operador em menor intensidade quando atuando em ambientes de baixa luminosidade. Tal efeito subsidiário decorre da imersão na qual o agente da lei ingressa em situações de emprego da luz estroboscópica.
Obviamente, os efeitos são mais bem controlados e, sendo esperados, promovem melhor decisão e análise situacional por parte do operador.
8. Conclusão
Luzes estroboscópicas na atividade policial são altamente recomendadas em situações de uso profissional por agentes de segurança, desde que destinadas para intervenções diante de ameaças potenciais.
Uma vez observadas as características eletrônicas e de interface de usuário da lanterna policial e as técnicas de uso, o agente de segurança terá a seu dispor uma ferramenta apta a reduzir os impactos negativos de uma intervenção legal.
Notas de rodapé:
1 Oficial da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Sul. Instrutor de Armamento, Munição e Tiro. Especialista em Intervenção Armada em Ambientes de Baixa Luminosidade e Professor Multiplicador para a Disciplina em Cursos de Formação e Especialização de Instrutores de Tiro da PMRS.
2 STANFORD, Andy. FightatNight:Tools,Techniques,Tactics,andTrainingforCombatinLow Light and Darkness. Colorado: Paladin Press, 1999, p. 176.
3MAROBIN, Daniel. IntervençõesPoliciaisemAmbientesdeBaixaLuminosidade.Porto Alegre: APM RS, 2021.
4 SEEKLANDER, Michel. The Low Light Fight-Shotting, Tactis, Combatives. California, EUA: Createspace, 2016, p. 9.
5 MASSANTINI, Ricardo e ARDOVINI, Bruno. Impiego Tattico delle Torce nella Difesa Personale con Armi Corte e Lunghe, Viterbo, Itália: Quatrini, 2012, p. 9.
6 O Programa UCR gera estatísticas confiáveis para uso na aplicação da lei e traz informações para estudantes de justiça criminal, pesquisadores, a mídia e o público. O programa fornece estatísticas criminais desde 1930.
7 Disponível em https://ucr.fbi.gov/leoka/2018/topic-pages/tables/table-4.xls. Acesso em 18 de fevereiro de 2021.
8 Disponível em: https://br.psicologia-online.com/ondas-cerebrais-tipos-e-frequencias-1283.html. Acesso em 05.01.2025.
9 Disponível em: https://www.biorender.com/template/eeg-brain-wave-frequencies. Acesso em 05.01.2025.
10 Disponível em: https://www.canalhistory.com.br/ciencia-e-tecnologia/video-cientistas-implantam-gif- animado-em-uma-bacteria. Acesso em 07.01.2025.
11 Disponível em https://mollylab-1.mit.edu/sites/default/files/documents/FastDetect2014withFigures.pdf. Acesso em 05.01.2025.
12 Disponível em https://ieeexplore.ieee.org/abstract/document/6578214. Acesso em 05.012025.
13 Feixes de luz de alta concentração (intensidade) como as dos feixes de lanternas LEP (Laser Excited Phosphor) diretamente nos olhos podem causar lesões graves.
14 MASSANTINI, Ricardo e ARDOVINI, Bruno. ImpiegoTatticodelleTorcenellaDifesaPersonalecon Armi Corte e Lunghe, Viterbo, Itália: Quatrini, 2012, p. 9.
Sobre o autor:
DANIEL MAROBIN – Major PM (PMRS)
CV: http://lattes.cnpq.br/8273540913289579

Oficial da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Sul.
Instrutor de armamento, muniçao e tiro para a PMRS e referência na formação de instrutores de tiro institucional para as áreas de intervenção armada em ambientes de baixa luminosidade e AINMs (armas eletroeletrônicas de incapacitação neuromuscular).
Difusor da doutrina de uso de lanternas e equipamentos de luz na atuação policial para a PMRS. Palestrante na temática.
Especialista na área policial de baixa luminosidade com formação acadêmica pela Academia de Polícia Militar do RS.