Introdução
Desenvolver uma habilidade demanda treinamento, seja ela qual for. Quando essas habilidades estão relacionadas ao uso da força e manuseio de armas de fogo, a questão do treinamento se torna potencialmente mais complexa. Complexa pelo fato de que o treinamento serve para nos preparar para usar a habilidade quando ela for necessária e isso implica que possamos treinar da forma como iremos atuar. Conforme definição de Garcia:
[…] simular o combate significa criar um ambiente semelhante ao do combate real em que um combatente individual ou o estado-maior de uma tropa ou uma tropa como um todo ou várias perfazem as missões inerentes a suas funções, interagindo com adversários reais ou representações computadorizadas.
(2005, p.25)
Se fizermos isso com armas de fogo será extremamente perigoso, para dizer o mínimo.
Quando se trata de jogar vôlei, por exemplo, isso não é problema nenhum, pois podemos treinar as habilidades de sacar, defender e bloquear de maneira separada e depois fazer jogos amistosos que irão nos preparar para uma competição real. Já quando estamos treinando para sobreviver em um confronto armado, não podemos simular essa disputa com armas e munição de verdade, evidentemente. Além do mais, uma bola de vôlei não custa assim tão caro e pode servir por vários anos. O disparo com uma arma de fogo é algo relativamente caro e em muitas instituições acaba se tornando um recurso escasso.
Por esses motivos, a utilização de diversas ferramentas para auxiliar o treinamento com armas de fogo vem ganhando grande importância no contexto da capacitação policial, pois possibilitam o treinamento com menor custo, maior segurança e maior correspondência com a realidade, permitindo contemplar questões do treinamento que seriam impossíveis com uso de armas e munição real. A proposta desse texto é elencar as principais ferramentas da atualidade, relacionando seus objetivos, vantagens e limitações para o treinamento, servindo de orientação para alunos e instrutores quanto às possibilidades de utilização desse tipo de material.
Munição inerte
Também chamado de munição de manejo, snapcap ou dummie, esse acessório é fundamental para o treinamento em seco com arma de fogo (chamamos de treinamento em seco quando não utilizamos munição real), apesar de também ser possível sua utilização durante treinos com disparos reais. Esse acessório possui diversas funções, entre elas a de possibilitar o manuseio da arma de fogo como se estivesse com munição real, possibilitando o treino de habilidades como municiar, alimentar e carregar a arma, ou ainda reproduzir ocorrências de mal funcionamento da arma sem o risco de um disparo acidental.
A maioria das empresas que produzem esse tipo de munição, colocam no lugar da espoleta algum tipo de borracha densa ou metal associado a uma mola tensionada, com objetivo de recepcionar o impacto do percussor, atendendo aos anseios daqueles que acreditam que o disparo em seco (com o percursor batendo no vazio) diminui sensivelmente a vida útil da peça.
Durante os treinamentos reais de tiro, a utilização da munição inerte associada aos cartuchos reais é extremamente eficaz para simular a ocorrência de pane na arma, visando um treinamento mais realista no estande de tiro.
Munição Laser
Esse acessório tem o funcionamento muito parecido com a munição inerte, com o adicional de fornecer um feedback visual do disparo. No lugar da espoleta tem um botão que aciona o laser que está no lugar do projétil, simulando assim o ponto de impacto do disparo.
É fantástica a versatilidade para o uso desse material. Pode ser utilizado apenas para dar uma noção do ponto de impacto dos disparos durante o treino em seco e esse feedback pode ser aumentado associando a munição laser com um alvo que identifique e pontue esses disparos.
Algumas empresas fornecem softwares para celular que registra o alvo através da câmera e identifica o ponto de impacto dos disparos, como em um simulador virtual, mas que utiliza a arma real do usuário. Esse tipo de munição (que tem versões que utilizam laser infravermelho no lugar do laser visível) pode ser utilizada também em conjunto com coletes que detectam o disparo no corpo, possibilitando simulações de confronto armado.
Dessa forma, a munição de laser pode ser utilizada desde o treinamento de fundamentos do tiro, passando pelos treinos cognitivos e de simulação de realidade, melhorando o feedback dos exercícios, diminuindo sensivelmente os custos e possibilitando exercícios realistas com segurança.
Barrelplug
Notícias de acidente com arma de fogo durante treinamento infelizmente não é algo raro de se ver. Na maioria das vezes ocorrem por negligência dos envolvidos, que não cobram a correta execução dos protocolos de segurança e acabam possibilitando que uma arma municiada seja utilizada em exercício que deveria ser realizado em seco. Em virtude disso, alguns acessórios são desenvolvidos justamente para garantir a segurança das instruções e impossibilitar que armas disparem de forma indevida.
Esse é o caso do Barrelplug. Trata-se de um tubo que é encaixado no cano da arma e que obstrui completamente o mesmo, funcionando ainda como uma munição de manejo para obstruir a câmara e proteger o percussor da arma. Uma parte do tubo fica passando da boca do cano do armamento, com objetivo de tornar visível para quem estiver em volta e deixar claro que a arma está desmuniciada e impossibilitada de disparar munição real.
Com a utilização desse acessório, a missão do instrutor fica muito mais fácil em garantir a segurança do treinamento e evita a sensação desagradável para qualquer um em ver uma arma de fogo real sendo apontada para outra pessoa (em geral isso é um comportamento inadequado, mas em alguns contextos de instrução e de simulação precisará ser feito).
Blueguns
Em alguns tipos de treinamento, que não precisam do manuseio funcional do armamento (trocar carregadores, disparar, movimentar o ferrolho), é ainda mais seguro e barato a utilização de simulacros ao invés de armas de fogo de verdade.
Seguindo nessa linha devemos considerar a utilização das blueguns, que simplesmente são réplicas feitas em polímero de cor azul, apesar de existirem também as Redguns que são vermelhas e por aí vai, mas o objetivo é o mesmo. Com uso de blueguns o instrutor torna impossível a ocorrência de um disparo acidental, uma vez que as armas não são de verdade, além de evitar outro problema em capacitações dessa natureza que é a indisponibilidade de armamento em quantidade suficiente para os treinamentos, que muitas vezes faz com que certas habilidades como abordagem policial, técnica individual e progressão em ambiente de risco sejam treinadas sem uso de arma nenhuma.
Para os primeiros contatos em instrução com armas também é interessante utilizar essa ferramenta. A questão da cor azul (também adotada de maneira geral como a cor para acessórios exclusivos de treinamento) é usada para comunicar de maneira instantânea que o armamento que está sendo utilizado é projetado para o ambiente de instrução, aumentando assim a eficácia do controle de segurança por parte dos instrutores e dos próprios alunos.
Permitam-me dar apenas um exemplo: Quando eu estava na academia de Polícia Militar, fazíamos os treinamentos de abordagem utilizando revolver calibre .38, pois o instrutor poderia colocar estojos apenas com espoleta para poder dar algum realismo nas simulações. Na rotina da Academia de Polícia, além das aulas, nós também tínhamos postos de serviço em que os alunos se revezavam em escalas e cumpriam funções de fiscalização, que a partir do segundo ano de curso eram com uso de arma de fogo, o mesmo revólver utilizado na instrução, mas com munição real. Em uma dessas instruções, um aluno que estava de serviço no dia (com arma municiada) foi selecionado para participar de uma das simulações.
Quando ele estava entrando na viatura, outro aluno suspeitou que ele pudesse estar com munição real e perguntou ao mesmo para confirmar. O aluno falou que estava de acordo com o que o instrutor havia determinado. O colega insistiu então que ele mostrasse que a munição não era real. Quando o aluno abriu o tambor e pressionou o extrator, viu que a munição da arma era real. Nesse dia evitou-se uma tragédia. Em outros locais no Brasil e em outros países, a tragédia aconteceu. A diferença está nas ferramentas que se utiliza para instrução e na fiscalização dos procedimentos de segurança, tanto por parte do instrutor quanto por parte dos alunos também.
Paintball
O treinamento de ações policiais demanda a resolução de um problema muito simples de entender, mas muito difícil de solucionar de forma adequada: não podemos treinar confronto armado com munição real, em contrapartida é fundamental buscar condições similares às do evento real, tais como dinamismo, estresse pelo medo de sentir dor, ou o déficit cognitivo tão peculiar das situações de combate. Várias soluções foram propostas e são utilizadas até hoje em várias metodologias de treinamento, e uma delas é o paintball. Basicamente trata-se de uma arma que dispara bolas de tinta (também pode ser de talco ou de agua) com a propulsão feita por ar comprimido.
Vantagens
O uso dessa ferramenta possibilita a realização de treinamentos do tipo force-on-force (Murray, 2004), que consistem na interação entre pessoas nos papéis de Policial, infrator e cidadão não infrator. A arma irá disparar bolas de tinta, talco ou água, que causam dor, mas não tem objetivo letal (perfeitamente seguro com uso de equipamentos de proteção como máscara e protetor dorsal e da área genital). Isso possibilita a inclusão de alguns fatores estressores importantes para o treinamento de ações policiais, tais como: dor, ambiguidade da tarefa, pressão por performance, demandas de coordenação e ameaça (Wollert, 2018). É possível então treinar com baixo custo e de forma segura, possibilitando grande nível de realismo para avaliação de competências atitudinais e procedimentais (Ministério da Justica, 2014).
Desvantagens
Uma das problemáticas do uso de marcadores de paintball no treinamento policial é que o aluno estará usando uma arma que não funciona exatamente como a arma real. Em geral será de modelo diferente, mecanismo de funcionamento diferente e peso diferente, provocando a necessidade inclusive de procedimentos distintos para solução de panes, recarga e outras necessidades vinculadas ao seu uso.
Usei o termo “em geral” pois isso depende do tipo de marcador (nome que se dá para arma de paintball) que a instituição irá comprar, pois existem hoje marcadores feitos especificamente para treinamento policial que simulam o modelo, funcionamento, peso do gatilho e até a quantidade de munição com a qual a arma real pode trabalhar, aumentando o realismo e aproximando mais ainda o aluno das fricções especificas da atividade (Grossman, 2017). Caso o marcador utilizado exija procedimentos muito distintos de manuseio, o treinamento estará desenvolvendo uma memória procedimental (Lefrançois, 2019) inadequada, causando assim o que chamamos de cicatriz de treinamento (Grossman, 2017).
Outra desvantagem muito comum para quase todas as ferramentas de treinamento que simulam arma de fogo é falta de correspondência balística, no que se refere a alcance e trajetória. O projétil de tinta sai do marcador em velocidade muito inferior ao da arma real, possuindo também um formato totalmente diferente e consequentemente um desempenho de voo muito distinto, fazendo com que simulações de confrontos em distâncias grandes não funcione muito bem.
Ainda sobre balística, é interessante salientar que o uso desse tipo de ferramenta pode induzir alguns comportamentos táticos perigosos, como a má interpretação do que pode ser utilizado como abrigo. Para se proteger de um disparo de paintball, sabemos que ficar atrás de uma porta de madeira já basta, porém, se estivermos treinando para sobreviver em um confronto armado real, sabemos que essa não seria uma ideia adequada. É necessário ficar atento em todas essas questões para tirar melhor proveito do recurso de treino.
Airsoft
Surgido em meados dos anos 1970, no Japão, o airsoft é uma ferramenta de treino com proposta bem similar ao paintball, mas em vez de disparar bolas de tinta, dispara pequenas esferas de plástico, também conhecidas como BB’s (sigla para Ball-bearing). Tornou-se popular pois a aparência externa era idêntica às armas de fogo reais, sendo um atrativo muito grande em países com controle rígido de venda de armas, como o próprio Japão.
O funcionamento das armas de airsoft em geral pode ser de três formas: Spring, gás ou elétrica. Para o realismo do treinamento tático, as mais interessantes são as armas a gás, pois possibilitam a simulação do recuo (mesmo que em intensidade muito menor) e possibilitam o manuseio em condições idênticas às armas reais. Alguns modelos elétricos também simulam o recuo em armas longas.
Para o treinamento tático, valem as mesmas considerações feitas para o paintball. O nível de realismo vai estar quase sempre relacionado com o tipo de equipamento adquirido (e isso reflete no preço).
Vantagens
Uma grande vantagem seria o menor custo para o treinamento, pois as esferas plásticas custam menos que as de tinta e duram mais tempo. Outra grande vantagem é a necessidade de menos equipamento de proteção para garantir a integridade física dos usuários (na maioria das vezes apenas óculos de proteção já bastam). Isso é importante pois em outras ferramentas existe a necessidade do uso de capacetes e isso não permite a interpretação de expressões faciais, algo de grande importância para avaliar intenções violentas em indivíduos suspeitos.
Desvantagens
O airsoft não marca onde o disparo pegou. Isso seria importante para avaliar a eficácia das técnicas aplicadas com maior facilidade pelo instrutor. Outra desvantagem dessa ferramenta, da mesma forma que o paintball é que o aluno não estará utilizando uma arma real, então as diferenças no manuseio podem dificultar o processo de transferência generalização do treinamento.
SIMUNITION/UTM
Quando o assunto é simular um confronto armado, chegamos ao que existe de melhor em termos de ferramentas de treino. Simunition e UTM são empresas que desenvolvem munição especifica para essa finalidade. A primeira, e pioneira, é canadense e a segunda é dos EUA. Essas empresas desenvolveram uma forma de disparar munição não letal (projeteis de tinta, agua, talco) a partir da arma de fogo real, com algumas adaptações simples.
O cartucho é muito parecido com os letais, pois possui espoleta, estojo, carga de pólvora, diferindo apenas no projétil, que é feito com materiais não letais. A conversão é feita com um kit vendido pelas empresas que basicamente substitui a mola recuperadora e o cano da arma real. Algumas fabricantes de arma já possuem modelos específicos para uso com essas munições, como é o caso da Glock.
Vantagens
Com uso de Simunition ou UTM, o operador estará utilizando a arma real e não haverá diferença no manuseio. O disparo terá som parecido com o disparo real (com menor intensidade pois a carga de pólvora é menor), a arma irá ciclar e até panes poderão ocorrer, da mesma forma que poderia ser no confronto verdadeiro. Isso aumenta a fidelidade do treinamento para um nível quase ideal.
Desvantagens
Como no airsoft e paintball, a distância acaba sendo um limitador, pois em geral (varia de acordo com o tipo de munição) os disparos não devem ser feitos em distancias muito curtas, mas também não possuem eficácia em distancias muito grandes (disparos em distâncias maiores que 20 metros já não são eficazes), e isso limita a construção de cenários de treinamento. Outra desvantagem é que essa ferramenta demanda o uso de alguns itens de segurança como máscara, proteção dorsal e de genitais, o que também tira um pouco a fidelidade do treinamento.
Simuladores Virtuais
Com o desenvolvimento da tecnologia de realidade virtual, soluções para o treinamento policial já estão sendo utilizadas em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.
Em algumas polícias brasileiras (Polícia Militar da Bahia, por exemplo) já existem Simuladores onde o policial pode treinar tiro como se estivesse em um estande comum, ou então treinar elementos de tomada de decisão, diferenciando agressores de não agressores e de forma dinâmica, sem gastar munição real.
O princípio de funcionamento desses simuladores é variado (assim como os preços, que vão de alguns milhares de reais até alguns milhões) e pode utilizar armas reais com sistemas pneumáticos acoplados, projetores de mídia, sensores laser e até óculos de realidade virtual. Existem também versões desenvolvidas para o policial ou cidadão armado que deseja treinar em casa, com soluções mais simples que podem ser instaladas em um quarto, por exemplo.
Vantagens
Pode reduzir sensivelmente o custo com a qualificação para o uso de armas de fogo e para o uso diferenciado da força. Permite o treinamento com cenários que seriam caros de construir de maneira física (casas, prédios, escolas, restaurantes) e que podem ser feitos através de simulação de vídeo em um ambiente relativamente pequeno.
Desvantagens
Escolher o sistema adequado para a instituição é extremamente complexo pois existem soluções muito diferentes entre si e que irão apresentar problemas também muito diferentes. O investimento inicial é alto e pode vir a ser frustrante se a empresa ou instituição policial não pensar em contratos de manutenção adequados para manter o simulador em uso. Para uso particular ainda possui preço proibitivo.
Alvos eletrônicos
Um dos problemas vivenciados por quem faz treinamento de tiro em seco é a falta de feedback dos disparos. Não saber onde os disparos estariam pegando no alvo é um fator que retarda o aprendizado, uma vez que esse é o principal parâmetro que define se a habilidade foi bem executada ou não (a meta ambiental de quem treina tiro é acertar o alvo).
Para aqueles que querem otimizar o treinamento em seco, uma ótima opção é a aquisição de um sistema de alvos eletrônicos, que pode utilizar a arma real do operador ou armas especificas para treinamento. A maioria dos modelos de alvo eletrônico disponíveis no mercado exige que o operador utilize uma munição específica que emitirá laser visível ou infravermelho (falamos sobre essa munição no início desse artigo) no momento do disparo, que será captado pelo alvo e o mesmo poderá ofertar o feedback ao usuário, que saberá por meio de luzes ou de som se o alvo foi atingido. Isso torna o treinamento em seco muito mais divertido e eficiente, reduzindo custos do treinamento.
Outro modelo de alvo eletrônico muito interessante é esse da imagem e do vídeo acima, que serve para utilização com armas de airsoft. Ele funciona identificando o impacto da esfera de plástico na placa de metal, que registra o disparo mudando de cor ou apagando. Por meio de uma central o operador pode escolher entre diversos modos de treino, com opções em que o alvo se desliga com apenas um disparo ou com até 5 disparos, tornando a situação mais condizente com um confronto armado real. Existem também opções em que os alvos acendem de forma aleatória, exigindo do usuário um escaneamento constante em busca de novos alvos.
Vantagens
A principal delas é a redução de custo em comparação com o treinamento utilizando munição real. Comparando com o próprio treino em seco sem alvo eletrônico a principal vantagem é a entrega de feedback para o usuário, que acelera o processo de aprendizado.
Desvantagens
Investimento ainda relativamente alto pois quase a totalidade dos alvos eletrônicos disponíveis no mercado são de fabricação americana e boa parte deles não é nem vendido no brasil. Os que chegam aqui são vendidos com preços muito altos que afastam boa parte dos atiradores.
Conclusão
O objetivo desse artigo não é fornecer uma lista completa das ferramentas disponíveis para treinamento tático e de uso de armas de fogo sem munição real, mas tão somente apresentar as principais e comentar sobre sua utilização e minha experiência de instrução com elas. É importante lembrar que as ferramentas e acessórios de treino devem fazer parte de um programa de capacitação adequado para as necessidades do operador e não devem ser utilizadas de forma aleatória, pois isso pode ocasionar o efeito contrário do pretendido. Ao final desse artigo, deixo para os leitores as principais referências bibliográficas para o assunto tratado e o endereço dos sites onde esses materiais podem ser encontrados.