As facas têm sido usadas como armas, ferramentas e utensílios de cozinha desde os tempos pré-históricos. No entanto, é apenas em tempos bastante recentes que as facas foram projetadas especificamente para uso em mesa. Na Idade Média os anfitriões não forneciam talheres para seus hóspedes. A maioria das pessoas carregava suas próprias facas em bainhas presas aos cintos. Essas facas eram estreitas e suas extremidades pontiagudas eram usadas para espetar a comida para levá-la à boca para comer.
Muito depois que as facas foram adotadas para uso em mesas, elas continuaram sendo usadas como armas. Entretanto, a natureza multifuncional da faca continuava a representar a ameaça de perigo na mesa de jantar. Da mesma forma, uma vez que garfos começaram a ganhar aceitação como uma maneira mais eficiente de pegar comida, não havia mais necessidade da perigosa ponta pontiaguda do ‘canivete’.
Em 1669, o rei Luís XIV da França decretou todas as facas pontiagudas na rua ou usou na mesa de jantar “ilegal” e ordenou que todos os pontos de faca fossem triturados, como os usados hoje em dia para reduzir a violência!
Outras mudanças de design ocorreram após a moagem da ponta da faca, cutelos começaram a fazer as extremidades sem corte mais largas e arredondadas para facilitar o uso, em combinação com o garfo inicial de ‘duas pontas’. O uso de facas como armas e ferramentas remonta ao período pré-histórico, as primeiras facas eram Flint (facas feitas de forma primitiva e artesanal) muitas feitas com sílex.
Sílex em petrologia é rocha dura, de grão muito fino e cor variável, freq. amarelo-clara, pardacenta ou negra, composta de sílica mais ou menos cristalizada sob a forma de calcedônia ou de quartzo, hidratada em maior ou menor teor, encontrada sob a forma de concreções em outras rochas, ger. calcárias. Foi muito utilizada pelo hominídeos durante os períodos do Paleolítico, Mesolítico/Epipaliolítico e Neolítico para confecção de armas (por exemplo em pontas de seta) e utensílios de corte, devido a sua grande dureza e a seu corte incisivo, devido às arestas afiadas que são produzidas quando fracturada.
Já as primeiras facas de metal eram adagas simétricas de dois gumes, feitas de cobre.
Vivemos em tempos modernos, fato, porem a utilidade desse instrumento histórico de sobrevivência teve uma decadência no seu ambito social mas na área operacional ela se manteve indispensável em guerras, batalhas, confrontos civis… Diante desses fatores verídicos inegáveis, a faca foi parar em muitos coletes de policias junto com seus equipamentos táticos, uma consequência lógica, pois as evoluções tecnológicas em campos de batalha tem fortes influências na área de Segurança Pública e também Privada.
Mas qual seria o melhor lugar para se carregar sua faca tática ou de sobrevivência de lamina fixa?
Para fins didático vamos definir sucintamente Faca Tática de Faca de Sobrevivência.
Faca Tática
As facas táticas devem possuir elementos que permitam ao militar ou ao policial defender-se quando tudo mais falha. Como também deve ter um design mais voltado ao combate. As facas táticas são focadas predominantemente em lidar com problemas criados por pessoas, incluindo as próprias pessoas!
Uma faca tática geralmente é construída de forma mais leve do que uma verdadeira faca de sobrevivência para mantê-la viva na mão durante a luta e também para reduzir o peso total de uma carga para o policial ou militar. Pode ser usada para tarefas de menos esforço, como cortar uma corda, abrir uma embalagem…
Faca Sobrevivência
Militares podem ter situações diferentes e mais extremas em uma diversidade de biomas e ambientes, então o uso de lâminas são geralmente maiores, transformando suas facas em lâminas de sobrevivência. As facas de sobrevivência são otimizada para tarefas como esfolar, cortar, bater como bastão, …etc. Às vezes com uma parte da faca dentada ou compartimento para suprimentos de sobrevivência.
Uma forte lâmina e durável são enfatizadas para sobreviver aos rigores das intempéries climáticas e resistir ao uso para trabalhos extremos.
Não vou entrar em mais detalhes, deixaremos esse assunto para o próximo artigo, agora vamos lá!!!!
Sobre a o lugar mais apropriado para carregar sua lâmina, criei 3 princípios básicos que serão um norte , formando uma TRÍADE:
1-LOCALIZAÇÃO DA FACA
2-FACILIDADE DE SAQUE
3-OCULTAÇÃO
1-L.DA FACA:
A faca deve está em um lugar em que você não seja prejudicado para acessa lá com as duas mãos, em todas a situações. Como por exemplo, áreas da lateral do colete, na frente e perto do ombro em ambos os lados, essas localizações são perfeitas e te dá condições amorfas de acesso, ao contrário de posições como na perna, atrás das costas, que deixa seu acesso limitado. Existe no mercado facas com configurações do tipo tipoia no ombro e arnês autônomo, são menos comum em razão do uso de bainhas com sistema MOLLE.
O MOLLE é a sigla para Modular Lightweight Load-carrying Equipment, que significa Sistema Modular de Transporte Leve, em português. Ele é uma tecnologia desenvolvida pelas Forças Armadas dos Estados Unidos e, atualmente, está presente em mochilas, coletes e vestuários.
Um detalhe aqui é a posição do cabo, o parâmetro a seguir é simples, quanto mais alto a posição de sua faca (área de ombro e tórax) pior fica seu saque de ataque. Nesse sentido, dando ênfase ao primeiro ataque, que deve ser peremptório, haja vista que num embate real, seu inimigo não pode ter tempo para pensar, esquivar ou obstruir o saque.
Então coloque sempre sua faca invertida nessas áreas citadas (cabo em direção ao chão), assim você evita se cortar (faca muito próximo ao seu rosto num stress/adrenalina de combate real qualquer empurrão na hora do saque nessas áreas pode te causar lesão/morte). Sem falar que o cabo para baixo facilita seus ângulos de ataque, ficando a favor da gravidade não contra ela. Se a faca estiver na altura do abdômen e o cabo pra cima não há problemas no saque haja vista que é perto de sua área de trabalho, mantendo assim uma boa motricidade e manipulação de objetos.
2-FAC. DE SAQUE:
É perceptível que a localização influência o saque, então procure praticar o saque com ambidestria sendo que o resultado final seja Preciso, Curto e Rápido.
- Preciso: que você tenha eficácia para acessar a sua faca com exatidão.
- Curto: que não faça muitos movimentos e nem plásticos.
- Rápido: porque você não precisa ser veloz para sacar sua faca, pois não é uma arma de fogo x arma de fogo, mas também não pode ser lento para empregar em momentos cruciais e as vezes único.
3-OCULTAÇÃO:
O acesso fácil que você tem sobre sua lâmina num combate real pode ser também para o seu inimigo, e não tenha dúvida ele irá usar contra você. Em um estudo feito por G.Thompsom, (treinador de unidades de operações especiais desde 1998 e o criador do SOCP ® (Special Operations Combatives Program ®) de operadores que retornavam do campo, ele descobriu que pelo menos 50% de todos os ferimentos com faca sofridos por soldados americanos no Iraque e no Afeganistão são causados por um insurgente que ganha o controle da faca do soldado.
A sua lâmina deve estar ocultada entre seus carregadores, bolso utilitário, braço… E sua cor deve ser a menos chamativa possível. Carregar atrás das costas não é ocultar, traduz em vulnerabilidade, perigoso e limitado. A não ser que você esteja a paisana, mas a limitação ainda é um fator. Cuide também na exposição de sua faca em momentos de relaxamento, como por exemplo, no pagamento de um consumo em restaurante… evite expor seus equipamentos, mantenha uma distancia segura mesmo fora de ação ou operação.
Espero ter ajudado a você a compreender melhor sobre como carregar sua lâmina de maneira mais inteligente e eficiente, até a próxima!!