Hello, meu povo!
No post de hoje, gostaria de compartilhar com vocês a minha segunda dificuldade como atleta de tiro, atirar somente com uma das mãos, a mão fraca.
Já havia contado em posts anteriores que meu pior inimigo disparado nas competições é o nervosismo e ansiedade, coisa que venho tentando melhorar.
Nessa quarentena, li o livro “Mantenha o Foco: Treinamento Autoconsciente”, do autor e também profissional de Educação Física, Waldemar Guimarães, o que me chamou a atenção sobre a necessidade da meditação, de esvaziar a mente e acalmar os ânimos. Confesso que no assunto sou “faixa transparente”, mas estou tentando!
Voltando ao “zero dois” do problema, no ano de 2015, quando disputei o Campeonato Brasileiro de IPSC e também o Pan Americano, o nível de estresse foi tão alto que meu corpo me presenteou com duas hérnias na cervical.
As hérnias em si, foram na verdade só o “olho do furacão”, vários outros problemas e dores físicas foram aparecendo, irradiadas da coluna cervical até o quadril. Hoje, 5 anos após, o que ainda me assombra é que meu braço e mão esquerda perderam muita força, eu sou destra.
Focada em amenizar essa falta de força, eu como Personal Trainer me dedico bastante nos meus treinamentos de membros superiores e vivo inventando exercícios que se aproxime ao máximo do que é exigido lá na hora da pista de tiro, de quais músculos eu sinto que fadigam primeiro quando estou empunhando a arma com a mão esquerda.
Outra coisa que também interfere é que mesmo quando com as duas mãos empunhando a arma, meus tiros caem ligeiramente para a esquerda, já que é o lado mais fraco, menos estabilizado. Uma das minhas boas características como atleta, já que eu só conto sobre as ruins, é a velocidade. É preciso muito cuidado para não errar o tiro, não dar um “miss”, já que as vezes, vou mais rápido do que minhas mãos conseguem suportar o recuo da arma e recuperação da visada no momento do segundo tiro, o “double tap”.
Um ponto super importante nesta caminhada de auto melhoria, foi o tratamento com os profissionais de fisioterapia da Clínica GMK em Floripa, sem eles, hoje eu poderia estar numa condição muito pior.
Além da questão do fortalecimento de uma forma geral, tem o treino específico, atirando. Confesso que só dou um gás em treinar tiro com mão forte e fraca naquelas semanas anteriores à competição quando saem os croquis das pistas, isso se em uma delas tiver esse quesito, caso contrário, toca a ficha com as duas mesmo.
Outra particularidade de atirar com uma mão só é na questão postural, não deixar o braço que está livre “voando”. Aprendi com meu treinador Heduard Silva a fechar bem a mão e apertar contra o peito, estabilizando o corpo. Logo abaixo virá um vídeo que mostra bem o que estou tentando explicar.
Uma competição de IPSC, independente se Estadual, Nacional ou só no Clube mesmo, é arquitetada pelos projetistas de pista, os arquitetos do esporte de tiro que muitas vezes são os próprios R.Os (Range Officer), que arbitram a competição.
Essas pessoas, na hora de desenvolver cada pista de tiro devem seguir vários critérios de responsabilidade e restrições, respeitando seriamente todo o regulamento, mas sabe o que não tem limite? A criatividade.
É aí, minha gente, que esses caras me vem com pistas de mão fraca, uns mini alvos de metal a 30 metros de distância, bailarinas numa velocidade horrível… Nessas horas, mentalmente, eu os xingo bastante!
Abaixo segue alguns vídeos atirando com uma das mãos; lembrando que não é obrigatório que cada competição tenha uma pista de mão forte ou fraca, depende só da empolgação de quem monta.
Então é isso pessoal!
Se você tem a mesma dificuldade, não desita. Treine.
Até a próxima.