Olá, pessoal!
A maior pretensão com meus artigos aqui no Infoarmas, era mostrar pra vocês ao longo do ano, minha preparação para as etapas do Campeonato Catarinense e os resultados, porém, a pandemia me deu uma bela rasteira.
Em Outubro passado, nos dias 3 e 4, na cidade de Chapecó, o Campeonato Catarinense voltou a acontecer, mas como a volta do evento foi meio em “cima da hora”, e contando que eu moro a 557km da cidade, não foi possível comparecer.
Agora, meus queridos, na data de 13 de Dezembro de 2020, estarei em Blumenau na terceira e última etapa, onde acontecerá a final do Catarinense de IPSC e sairão os melhores do ano de 2020 de cada categoria.
Em um ano normal, temos 8 etapas, mas como tudo em todo lugar mudou, eu tive a primeira e agora a última para tentar manter meu título.
Se em dias normais eu já sou nervosa, imaginem vocês minha ansiedade para esta prova.
Essa semana eu vi no site da Federação Catarinense de Tiro Prático que estou em segundo lugar na minha categoria, mesmo sendo a única atiradora disputando na primeira etapa do ano, a outra moça me passou em pontuação na segunda que eu não fui, então voltei pesado aos treinos em seco e nos de pista no Clube.38 para dar o meu melhor e quem sabe, contar para vocês sobre uma tal Penta Campeã, olha que massa!
Falando sobre isso, sobre o número de mulheres nos Campeonatos, ou a falta delas, certo? Que sirva como um incentivo, é comum eu ver mulheres que gostam do mundo das armas, que tem vontade de participar mas de alguma forma, não tem “coragem” de seguir em frente.
Existem vários fatores como gasto com arma, munição, viagem, porém se esse não for o seu caso para não ir competir, seja corajosa!
Comentei ali em cima, a primeira etapa do ano, eu era a única disputando, e não estou falando só na minha categoria, em todas. Mesmo se atirasse da forma mais lenta possível e errando muitos tiros, eu levaria essa. Imagina se fosse você lá? Ficaria mais tranquila? Só vai descobrir se for!
Eu represento o Clube e Escola de Tiro .38 há 10 anos e por muito tempo, eu era a única mulher atirando nos treinos de pista.
Quantas vezes já presenciei um casal chegar no Clube e ao receber as informações do instrutor de tiro, o homem não seguir à risca a técnica da visada alça e massa e errar feio nos seus primeiros tiros. Enquanto que a companheira, insegura, com medo até do barulho do disparo, puxar o gatilho suavemente, tentando da melhor forma possível, fazer tudo o que o instrutor orientou e “voilà”, tiro certeiro!
Mesmo com diferentes biotipos, é certo que existem alternativas para as mulheres se adaptarem ao esporte e conseguir se destacar maravilhosamente.
Falando de mim mesma, eu atiro na categoria .380 Light, se você já viu algum vídeo meu em competição ou treino, perceberá que meu ponto forte é a velocidade. Tenho certeza que se fosse o caso de querer atirar na mesma velocidade com uma arma calibre .45, por exemplo, acredito que a arma “pularia” da minha mão e seria um show de horrores, diversos tiros perdidos.
Felizmente, hoje em dia, pelo menos no Clube.38, o número de mulheres atiradoras aumentou bastante. Tenho grandes amigas graças ao tiro que não consigo nem considerar como minhas rivais, e sim minhas “pupilas”.
Estamos no último mês do ano e chegando perto da competição mais importante de 2020. Os treinamentos para 2021 não irão parar. Que tal vocês mulheres, que gostam do esporte e de armas em si, aproveitar este período de férias para visitar um clube de tiro? Se quiserem conhecer o Clube.38 serão muito bem recebidas e quem sabe um dia poderão se tornar futuras medalhistas? Já aviso, precisa gostar muito e treinar arduamente, mas por experiência própria, posso dizer que está ao alcance de todas.
Fico por aqui, me desejem sorte e até a próxima!